Manobra

Renan Calheiros tenta 'agenda positiva' para se proteger da Lava Jato

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) é um dos políticos que está na mira da Operação Lava Jato. No entanto, para tentar resgatar o seu papel institucional, Renan tem tentado implantar uma ‘agenda positiva’ e reduzir os desgastes oriundos das investigações contra ele.

No entanto, a reportagem da Folha de S. Paulo destaca que a ‘agenda’ tem enfrentado resistência entre os líderes partidários, pois não foi discutida com todos eles antes de ser anunciada.

Há duas semanas, o peemedebista convocou a imprensa para anunciar quais projetos seriam prioritários nas últimas votações antes do recesso branco, que começou na última sexta-feira (15) e vai até o final do mês.

Entre os projetos anunciados está a legalização dos jogos de azar no país e o projeto que estabelece punições para autoridades que cometerem abusos, que ainda depende da análise de uma comissão especial.

A publicação conta que alguns líderes políticos ficaram incomodados com a imposição de Renan e reclamaram que o presidente da Casa não realizou nenhuma reunião para tratar do assunto antes do anúncio de sua pauta.

Sendores avaliam que Renan passou por cima de suas prerrogativas e ‘tentou se cacifar sozinho’, ao ser o responsável pelo que seria votado, refere a Folha.

O semestre terminou e quase nenhum dos projetos anunciados pelo peemedebista foram analisados. A única pauta aprovada pelos senadores foi uma proposta de emenda à Constituição que limita os gastos de assembleias legislativas e tribunais de contas estaduais. A medida prevê que a despesa anual desses órgãos não poderá exceder o gasto do exercício financeiro do ano anterior. Se for maior, passará a constituir crime de responsabilidade.

Algumas propostsa de Renan foram deixadas para o segundo semestre. O peemebedista inicia os últimos meses de seu mandato na presidência do Senado tendo que negociar uma pauta consensual.

No entanto, ainda de acordo com a reportagem, a realização dos Jogos Olímpicos em agosto e a campanha eleitoral, a partir de setembro, faz com que alguns líderes vejam com ceticismo a hipótese de a Casa conseguir votar todos os projetos elencados por Renan até o fim do ano.
Créditos: Notícias ao Minuto