O que era para ser uma troca natural de assessores pode gerar um racha interno no PMDB. O caso envolve o ex-secretário de Campina Grande, Alex Azevedo, o senador Raimundo Lira e o deputado Veneziano Vital do Rêgo.
Quando assumiu a cadeira de senador deixada por Vitalzinho, que assumiu o posto de ministro do Tribunal de Contas da União, Raimundo Lira manteve alguns assessores. No início de 2016, querendo formar uma equipe própria, o senador peemedebista exonerou alguns assessores da gestão do antecessor. A prática, tida como natural e esperada entre os prestadores de serviço e os cargos de confiança, não foi bem recebida pelo ex-secretário Alex Azevedo. Um dos assessores exonerados era seu filho e inconformado com a situação, Alex fez duras críticas ao senador em suas redes socais. A publicação não pode mais ser conferida na sua página do Facebook, pois depois da repercussão do caso, o ex-secretário a apagou.
“O mega milionário Raimundo Lira, que em Campina não consegue ter um só empregado, sua ultima empresa a CAVESA foi vendida, e seu cargo (senador) serve hoje só para ostentar a sua vaidade pessoal aliada ao seu descompromisso com Campina e a Paraíba. que o presente nos sirva de lição para não termos suplentes inoperantes no futuro como o tal Lira!” desabafou Alex Azevedo.
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As críticas não ficaram sem resposta. Bernardino Bandeira, da assessoria de Raimundo Lira, disse que as frases de Alex foram recebidas como uma forma de retaliação. “Acredito que ele queria que o filho continuasse no cargo e quando soube da exoneração, veio essa reação, de uma pessoa que ficou muito chateada. A avaliação dele não reflete, de maneira alguma, a realidade do mandato do senador Raimundo Lira, que tem trabalhado muito em prol da Paraíba”, resumiu Bandeira.
Nessa segunda (11) o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) deu uma entrevista da TV Master e foi questionado sobre o imbróglio entre Lira e Azevedo. O ex-prefeito de Campina Grande resolveu dar uma resposta diplomática, dizendo que o senador tinha o direito de ter quem quisesse no seu gabinete. O que era esperado é que Veneziano tivesse uma postura mais firme na defesa de Lira e que criticasse a lavagem de roupa suja nas redes sociais promovida pelo ex-secretário. Ao não assumir essa posição forte ao lado do senador, Veneziano pode ter plantado a semente da discórdia nos seus aliados.
Farejando uma possível rusga dentro da casa peemedebista, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) tratou de marcar uma audiência com o senador para “tratar de assuntos referentes à Campina Grande”. Romero deve ir à Brasília conversar com Lira e a especulação é que a posição do prefeito da Rainha da Borborema é de incitar o racha e aliar-se de alguma forma ao parlamentar do PMDB.
