Quem paga o pato?

Marcos Tavares

Nesse maravilhoso regime democrático vivemos a mercê dos gestores, e como eles não são escolhidos por concurso, mas sim por eleições, muitas vezes temos de encarar amadores em funções técnicas bastando que, para isso, tenham verbo e verba. Foi o que aconteceu na nossa orla. Um grupo de urbanistas e ambientalistas reunidos decidiu que era nocivo a nossa vida que as barracas e quiosques da praia pusessem cadeiras na orla para seus frequentadores. Não adiantava explicar que as cadeiras eram retiradas e não ficavam incorporadas à paisagem. Em nome de uma mobilidade duvidosa, elas foram banidas sob a batuta dos “bombados” municipais.

O que ocorreu? O banhista não ficou de pé, até porque quem vai à praia quer descansar e não fazer penitência. Logo um grupo de jovens – e não assim tão jovens – empreendedores dedicou-se ao ofício de alugar barracas e cadeiras na praia. E assim o serviço que a gente tinha gratuitamente com direito a garçons trazendo a cerveja passou a custar entre quinze e trinta reais, dependendo da vontade do empreendedor das barracas e da lotação da praia. A Prefeitura considerou isso uma grande ação, mas para quem gasta seu suado dinheirinho com gasolina, calção, bronzeador, filtro solar, ter acrescentada mais essa despesa para não sentar na areia não foi bacana.

Em que melhorou a nossa orla com a retirada das cadeiras? Ela ficou mais limpa, mais bonita? Atraiu mais turista? Nada disso aconteceu, foi apenas mais uma decisão tomada no refrigério dos gabinetes, que acabou por onerar a população e os turistas no único divertimento que eles tinham de graça, o banho de mar. É no que dá ter jornalista tomando conta de ciência, padre organizando baile funk, muçulmano dirigindo sinagoga e cientistas dirigindo time de futebol.

Fico

Se depender do deputado Ruy Carneiro, seus suplentes dificilmente vão tomar os ares de Brasília ou respirar o ar puro do cerrado.

Mais uma vez ele declinou do comando da Secretaria de Esportes, o que abriria uma vaga para que os partidos acomodassem seus preferidos na Câmara Federal.

Ruy, que conseguiu bom destaque nacional com a questão do fim do 14º e 15º salários, não vai sair da cena nacional, onde o sua ação repercute muito mais. E, convenhamos, a Secretaria de Esportes cheira a gol contra em termos de popularidade.

Ele Fez

O que terá feito o vice-prefeito Nonato Bandeira que mereceu uma citação do governador Ricardo Coutinho.

Ele foi vago. Disse apenas que Bandeira sabe o que fez. Como parece que somente ele e Nonato sabem o que foi feito, a curiosidade da mídia e dos políticos foi aguçada.

Mas, dificilmente o governador chegaria a uma acusação aberta contra seu ex-aliado, que conhece a intimidade de suas políticas e campanhas.

Sinal

Recapearam o asfalto da praia de Tambaú e Cabo Branco, mas não sinalizaram.
Com isso sumiu a ciclovia e todos os pontos de estacionamento são livres.

Dúvida

Até mesmo o próprio PMDB dúvida que Maranhão vá amarrar as chuteiras. Suas recentes declarações são sinais visíveis de que Veneziano corre perigo.

E que o perigo mora ao lado.

Nomes

O PT parece que não aprende a arte da política. Com um nome bem aceito pelo povo como Luciano Cartaxo, quer optar por Guicélia Figueiredo como candidata ao senado pelo critério antiguidade.

Que adianta ser antiga se é desconhecida?

Informando

A Prefeitura da capital está entre as que ainda não se adequaram à Lei da Informação, que exige respostas rápidas a questionamentos do povo.

Aí, a gente pergunta para que existe essa tal secretaria de Transparência? Alguém sabe?

Felinos

É vergonhoso para uma empresa de caráter nacional ter de ser fiscalizada pelos Deputados e Vereadores para descobrirem se ela mesma anda forjando “gatos”. Só mesmo nesse abençoado Brasil.

Condenada

O Ministério da Saúde resolveu tirar de circulação uma cartilha onde se discutia sexo, nas suas mais variadas nuances.

A reação de professores e pais fez com que essa liberalidade fosse condenada.

Frases…

Mortandade – As religiões já mataram mais gente que o ateísmo.

Religiosidade – O PMDB paraibano é tão religioso que realiza suas convenções conclave. Na chave mesmo.

Habitual – O hábito faz o monge, já o vício faz o viciado.