Queimada na Serra de Teixeira. Imagem de arquivo
Após dias do incêndio que afeta a reserva florestal amazônica, o Governo Federal formou equipe para combater o fogo que vem atingindo animais e plantas, além de afetar diversas vidas humanas. Na Paraíba, os casos de queimadas na mata chegam a 30% dos casos de atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, segundo o tenente Oliveira.
Em entrevista a Rádio Tabajara nesta segunda-feira, 26, o Tenente disse que “naturalmente, deste mês de agosto até fevereiro ou março, as temperaturas se elevam muito, é período de seca, e é normal ter alguns focos, mas os casos se agravam com a falta de conscientização dos cidadãos que colocam lixo nas proximidades da mata”. Segundo ele, muitas vezes as pessoas ateiam fogo no lixo e, como pode conter vidro nos detritos, “fundo de garrafa pega fogo quando o sol bate , a mata já está seca e fica muito mais fácil propagar a queimada, fica mais difícil ainda quando há várias camadas de folhas secas, tornando o trabalho mais complicado”, explicou.
sobre o incêndio na Amazônia, o Tenente Oliveira disse que “as queimadas são usadas como técnica agrícola bastante rudimentar pelo agricultor para limpar o terreno, no caso da cana de açúcar, por exemplo, é usado para limpar a cana, a queimada não é incêndio, só é considerado incêndio quando perde o controle, na Amazônia tem uma questão que dificulta o trabalho de controle, que é acesso difícil”, concluiu.
As queimadas geram problemas para o meio ambiente e pode ser fatal para pessoas alérgicas e até para pessoas saudáveis, que podem sofrer com a inalação da fumaça. Para a pneumologista Enedina Scuarcialupi, as queimadas podem causar doenças respiratórias ou crises violentas na pessoa alérgica.
“A gente dá exemplos também da queima da cana-de-açúcar, aqui mais próximo, na semana passada houve um congresso de pneumologistas aqui em João Pessoa, com mais de 1.400 médicos discutindo o assunto da poluição de uma forma geral, cerca de sete milhões de pessoas estão morrendo, por ano, por causa de doenças respiratórias e as queimadas também podem desencadear essas reações violentas”, concluiu a especialista.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba