Bruno Filho
Como treinador do XV de Novembro de Campo Bom ele surgiu como fenônemo, na passagem pelo Grêmio sucesso absoluto, nas campanhas com o Corinthians foi espetacular, conseguiu tirar do Timão aqulio que era o pior defeito, a ansiedade perante a sua torcida.
Porém,a sua vez na Seleção chegou muito cedo.Ainda não era a hora de assumir o cargo,principalmente tendo na retaguarda pessoas de índole não muito apreciável, tanto os que sairam como aqueles que chegaram. Mano Menezes embarcou nessa, e agora está arriscado a amargar uma “Era Dunga”.
Capacidade ele tem de sobra, mas todos que se tornam técnicos da Seleção são de uma certa forma extirpados do cenário nacional, e tem que procurar emprego fora do país, o que não é o caso do gaúcho pouco reconhecido ainda nos campos internacionais.
Corremos o risco neste momento de não ter quem promover ao cargo, faltam 19 meses para a Copa do Mundo e quem assumir não terá a certeza de ficar, então podem não querer aceitar.Muricy,Vanderley,Felipão,Tite são alguns dos nomes falados,mas poderemos ter surpresa.
José Maria Marin não é lá muito bom de atitudes e pensamentos,convenhamos… quem surrupia uma medalha na frente das cameras, aos 80 anos de idade, não deve ser confiável.E como a vaidade é um de seus fracos, o ex-governador pode querer inventar e quebrar uma escrita de quase 100 anos.
Por favor, em nome do futebol pentacampeão do mundo não invente de contratar um treinador estrangeiro ! Com todo respeito ao simpático espanhol Pepe Guardiola, não é trabalho para treinar o Brasil.Guardiola dirigiu um Barcelona ultra-campeão,é verdade, mas uma coisa é clube outra é seleção.
Na história nunca tivemos direção de estrangeiros, ainda mais em Copa do Mundo.Não cometa esse erro presidente.Lembre-se que em 1950 mandamos um 6 x 1 neles sob o som de “Touradas de Madrid”…aqui não,esqueça isso em nome de nossas tradições.Se ele não dirige nem a sua “Fúria”, o que diria dirigir-nos.
Tomara que nada disso aconteça e que seja escolhido um desses nomes citados.Eu aposto em Adenor Bacchi, o simpático Tite, que respaldado num título mundial conquistado( entra em campo o coração do colunista) chegará com o moral muito elevado, e então renovo o pedido.
Quem quer que seja, deixa trabalhar, pois daqui a pouco a bola estará batendo em nossa janela.Os Estádios estão ficando prontos,com superfaturamento ou não, as coisas vão indo.Precisaremos resolver no campo e levantar o “caneco” pela sexta vez.
Perder uma Copa do Mundo dentro de casa seria uma catástrofe incálculavel para o esporte,pois antecede uma Olímpiada aonde pretendemos nos solidificar no cenário mundial e poderemos fazê-lo.Tudo mais uma vez vai começar pelo futebol,essa religião que já parou guerras,atravessou continentes e até encampou ditaduras.
Bruno Filho,jornalista e radialista,decepcionado com a falta de craques e pessimista ao extremo.
[email protected]
Twitter:BrunoFComenta