Quanto mais purpurina, melhor

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Marcos Tavares

Finalmente cai a cura gay. O país se livra do fantasma de um gênero único que, como se sabe, não é propício aos enlevos amorosos. Caída a cura mágica de Feliciano, os doentes por amor vão continuar infectados e infectando o Brasil com sua purpurina numa graça alcançada pela comunidade gay, de natural mística e dada às práticas do amor fraternal.

Já imaginaram esse país sem gays? A tragédia que seria, como ficariam nosso carnaval, nossa música popular e uma parte do clero adepta da teologia da libertação do armário, hoje corrente fortíssima na Igreja.

Perderíamos de saída boa parte das importações, pois é sabido que nosso Brasil exporta para Itália, Bélgica e até para a abençoada França travestis da mais alta qualidade que iluminam a Via Ápia e o Champs Elisées na noite fria do europeu. Com uma balança já claudicante iríamos afundar nossa economia. Outro problema grassaria na música após essa cura? Como ouvir a voz maviosa de Ney Matogrosso depois de sarado? E a carreira de Tammy, a filhota de Gretchen em vias de entrar para os ringues do MMA? Enfim de dirimiria as dúvidas nebulosas sobre Cae e Bethânia que tantos tratados já renderam sobre música e gêneros.


Fico pensando em São Paulo sem a Parada do Orgulho Gay. Uma festa apenas superada pelo carnaval traz divisas aos paulistas e à cidade que nunca para nem para subir as calças. Como viveriam os paulistanos privados de sua festa anual? Em tudo por tudo foi uma bênção o fim dessa cura prometida que iria inflacionar o número de homens num país onde a disputa por mulheres já é uma briga. Adoecei, pois! Cultivai vossos males, sofrei vossas dores, pois o Congresso garante que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.

Falso Brilhante
A CUT e outras centrais sindicais deixadas de fora na onda de protestos que cobriu o Brasil quer hoje mostrar forças e que ainda comanda alguma coisa no sindicalismo nacional. Por isso essa greve sem uma palavra de ordem e contra nada e tudo.
Claro que as adesões existirão. Os professores, por exemplo, nunca se fizeram de rogados ao serem convidados a parar de dar aulas. Os bancários igualmente adoram um dia de greve, mas os trabalhadores parecem não se emocionar com essa convocação.
Se querem uma manifestação contra Dilma, estão sendo redundantes. Se querem defender a presidente, estão fora do compasso. Enfim, será uma greve com muita praia, rodadas de chope e churrasco, que ninguém é de ferro.

Choque
Três não cabem num mesmo espaço, nem mesmo um espaço grande como o gabinete do governador da Paraíba. Por isso os secretários Ricardo Barbosa, Aracilba Rocha e Estelizabel Bezerra vivem às turras.
Todos querem ser o ungido do governo para a campanha de deputado, mas Ricardo, bem ao seu estilo, prefere que eles disputem entre si para ver quem chega melhor ao pleito.
Enquanto isso não ocorre, as brigas continuam. Algumas delas com alta tensão.

Se ultimando
A Paraíba ocupa um honroso 24º lugar na saúde nacional entre 27 Estados.
Mas um dia a gente chega lá.
Genial
PPS e PMN pedem divórcio. Motivo: incompatibilidade de gênios.
Havia gênios demais para poucos votos.

Citada
A ex-secretária Roseana Meira não pode se queixar de olvido. Ela é sempre lembrada.
O TCE, ao menos, lembrou dela em duas sessões seguidas, ambas solicitando explicações sobre gastos.

Questão
Se os médicos cubanos são assim tão bons quanto diz o secretário Fulgêncio, por que Cuba não fica com eles?
Ninguém joga fora o filé.

Legal
Querem uma lei sobre o uso de spray de pimenta pela polícia, bem como de bombas de efeito moral.
Convenhamos que é um assunto picante e bombástico.

Greve
Funcionários da Cagepa esperam pelo empréstimo e por isso já entraram em greve.
Eles sabem que com dinheiro novo serão ouvidos.

 

Frases…
Lunar – Dilma é como a lua. Redondinha, sujeita a fases e orbita em torno de um astro.

Moça Fina – Educação sexual é ter boas maneiras no motel.

Dadas – Existem mulheres franciscanas, capazes de tirar a roupa para dar a um pobre.