Quando se mata a justiça

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Marcos Tavares

No ano de 1923, Adolf Hitler então um desconhecido agitador político, resolveu derrubar a República alemã com um golpe que ficou conhecido como o “Putsch da Cervejaria” por terem partido os golpistas de uma cervejaria. Gente foi morta e policiais sacrificados, mas Hitler, contando com o beneplácito de um juiz, foi condenado a apenas cinco anos de prisão e cumpriu apenas nove meses, tempo em que dedicou-se a escrever seu maldito “Mein Kampf” a Bíblia nazistas. Hitler chegou ao poder depois, por um golpe contra a democracia e ocupou a Alemanha.

Um dos seus primeiros atos foi colocar o aparato judicial nas mãos de nazistas. Assim, ele conseguiu força legal para segregar e perseguir judeus, calar a imprensa contrária, prender inimigos sem processo, enfim instalar um estado ditatorial que se manteve por toda a guerra. Ao ser vítima de um atentado, a justiça nas mãos de Hitler processou e matou milhares de inimigos do regime dando um tom legal a uma política de extermínio que culminaria no Holocausto contra os judeus e as incríveis barbáries das tropas nazistas contra russos e franceses.

Não há escapatória quando se manieta a Justiça; ela é o guardião máximo da democracia o último bastião onde o cidadão pode encontrar uma trincheira contra o poder do Estado.

Quando essa Justiça é manietada, acaba-se a vida livre, instaura-se uma ditadura, abre-se caminho para o terror. Por isso, toda atenção a manobras que pretendem diminuir a justiça ou retirar seus poderes, pois é assim que as ditaduras se instalam.

Saudável

A entrada do secretário Fulgêncio parece anunciar novos tempos na briga infrutífera que travavam o município de João Pessoa e o Estado na área da saúde. Os dois secretários dirimiram diferenças e pactuaram para uma convivência, se não amigável, ao menos tolerável.
Esse é o caminho que deveria ter sido seguido há muito tempo, não fosse a dificuldade de relacionamento da ex-secretária Roseana Meira, que fazia política no seu cargo.
A saúde pública já é ruim unindo todos os esforços, e desunindo os dois setores mais implicados no processo ela chega a um patamar intolerável. Ainda bem que mesmo tardiamente chega o bom senso.

Catimbando

Nas redes, o assunto do momento é a liberação de oito milhões de reais pelo Estado da Paraíba para abrilhantar o carnaval da escola de samba Vila Isabel.
Custo a crer que isso seja verdade, que num Estado onde se morre de fome e sede, onde segurança e saúde são problemas sérios se pense em jogar dinheiro fora prestigiando o carnaval carioca.
Isso já foi feito uma vez na Prefeitura de Cícero e a Paraíba não ganhou nada em termos de divulgação nem de turistas.

Média

São cada vez mais frequentes as implicações de adolescentes da classe média e alta em roubos e assaltos.
A droga nivela todos por baixo.

Baú

É como o baú de Sílvio Santos. Você liga e espera pela sorte grande.
Se tiver essa sorte, vai acompanhar o deputado Wilson Filho em Brasília para conhecer as delícias do Congresso. Façam o jogo…

Estatal

Deve mudar pouca coisa no Hospital Universitário que vai ter seu comando trocado.
Sai de uma estatal para outra estatal. Nada que possa inspirar confiança.

Bancando

Está certo o prefeito Cartaxo em contrariar sua bancada e rever essa doação fácil feita aos cartórios pessoenses.
O dinheiro público merece zelo, bem mais zelo do que tiveram os senhores vereadores com a matéria.

Medalha

Todos foram unânimes em assinar a moção que dava medalha ao senador Cássio Cunha Lima.
Até os oposicionistas, na esperança de que isso infle o ego do senador e faça dele um candidato.

Sede

A Cagepa não consegue mais abastecer todas as cidades do nosso interior. Falta água nos principais reservatórios e não existe um plano contingencial.
É a sede braba.

Frases…

Reparos – Se não souber o que está fazendo, faça-o ao menos com perfeição.

Especialidade – Especialista é um cara que ganha mais para fazer o mesmo trabalho que você faria.

Alcoolismo – Alcoólatra é aquele que bebe mais que seu psiquiatra.