PSB vai recorrer da decisão que favoreceu “Bira”

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O presidente do diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro em João Pessoa, Ronaldo Barbosa, garantiu que a legenda vai recorrer da decisão tomada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral, por unanimidade, deferindo o pedido de desfiliação do vereador Ubiratan Pereira dos quadros da legenda a pretexto de justa causa em virtude de hostilidades que teria sofrido ao discordar da cúpula nas eleições de 2012. No ano passado, “Bira”, que defendia a candidatura própria do ex-prefeito Luciano Agra à reeleição, a qual foi derrotada em encontro socialista, predominando a escolha de Estelizabel Bezerra, decidiu apoiar a candidatura de Luciano Cartaxo (PT). Foi premiado com a indicação do seu nome para líder governista na Câmara Municipal da capital.

Os dirigentes do PSB acusaram Ubiratan de traição e prática de infidelidade partidária, e Barbosa deixou claro que haverá desdobramento em relação ao caso. Ubiratan havia acionado a Justiça para resguardar seu mandato de vereador em caso de expulsão ou desligamento das hostes socialistas. Ele argumentou que foi vítima de uma campanha sórdida com o intuito de desgastá-lo e comprometer sua reeleição ao cargo, o que não ocorreu nas urnas. Exultante com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, Ubiratan teorizou: “Saio do PSB de cabeça erguida, sem ser expulso pela agremiação”. A declaração soou como um desabafo diante do acirramento das divergências com dirigentes do Partido Socialista. O relator da matéria, Saulo Benevides, interpretou que os fatos narrados pelo vereador eram do conhecimento público e configuravam, na prática, uma situação incômoda, tornando-se inevitável a sua deserção do partido sem, contudo, ter banido o mandato que conquistou nas urnas.

Ronaldo Barbosa ponderou que acata o pronunciamento da Justiça Eleitoral sem abrir mão do direito de acionar outras esferas com a impetração de recurso, dentro da filosofia de salvaguardar os princípios de coerência dentro da agremiação. Ubiratan Pereira salientou que nunca duvidou das suas chances de êxito no pleito intentado na Justiça Eleitoral, “o que agora ficou comprovado”. Para ele, uma eventual perda do mandato significaria um atentado à liberdade de expressão dos eleitores que sufragaram o seu nome. “Felizmente, fez-se justiça, diante das alegações irrecorríveis que apresentei à Justiça Eleitoral”, acentuou Ubiratan.

Do Blog com RepórterPB