Os diretórios da Paraíba e de Campina Grande do PSB devem se reunir ainda esta semana para definir a postura que a legenda adotará em relação à gestão do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB). O partido socialista integrou a coligação que elegeu Romero em 2012, mas, com o rompimento entre o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o governador Ricardo Coutinho (PSB) antes das eleições deste ano, a tendência é que a legenda comece o ano de 2015 fazendo oposição ao governo municipal.
Segundo o presidente do PSB em Campina Grande, Fábio Maia, uma reunião entre ele e o presidente estadual do partido, Edvaldo Rosas, deve ocorrer ainda esta semana para que, de posse da orientação estadual, ele possa convocar uma reunião do diretório campinense em que o futuro do partido será definido. Fábio explicou que o PSB ainda não tem uma posição oficial sobre o assunto, mas afirmou que, pessoalmente, tanto ele quanto Edvaldo Rosas defendem a ida do partido para a oposição ao governo tucano.
“A minha visão é que é inadmissível que filiados do PSB não tenham votado no candidato a governador do partido. Isso terá que ser verificado, até porque depois de tudo que foi feito pelo PSDB durante a campanha, inclusive com agressões verbais do vice-prefeito Ronaldo Filho a um vereador do partido, não tem mais sentido o PSB continuar na base de Romero Rodrigues”, afirmou o socialista, ao recordar a briga entre Ronaldo e o vereador Murilo Galdino ocorrida durante a campanha.
Caso a tendência de migrar para a oposição seja confirmada, os membros do PSB terão que entregar os cargos que ocupam na prefeitura e os três vereadores do partido – Murilo Galdino, Anderson Maia, que tomará posse em fevereiro, e Ivonete Ludgério – serão orientados a acompanhar a bancada de oposição.
“Vamos conversar com Edvaldo para alinhar a postura e convocar a comissão provisória em Campina para definir essa questão”, explicou Fábio. Sobre a situação de Ivonete, que apoiou Cássio e é líder do governo Romero na Câmara, o dirigente explicou que esse assunto só deverá ser debatido quando o PSB tiver uma definição em relação ao governo do PSDB, mas ponderou que “quando você se filia a um partido subentende-se que você vai cumprir pelo menos ao apoio ao candidato de sua legenda”.
A vereadora Ivonete Ludgério não foi localizada para falar sobre o assunto, mas, durante sessão recente da Câmara, mandou um recado para a direção do partido, dizendo que não pode ser punida por ter votado no PSDB porque o PSB paraibano também não fez o “dever de casa” quando apoiou Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, contrariando a direção nacional do partido, que decidiu pelo voto em Aécio Neves (PSDB).
JPOnline