O vídeo que mostra um bebê de 1 ano e 10 meses sendo agredido por uma professora em uma escola no bairro Boqueirão, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, repercutiu e causou revolta na web. Nas imagens, é possível ver que a docente penteia o cabelo da menina, mas em alguns momentos age de forma grosseira, puxando os fios e fazendo movimentos bruscos com a cabeça da criança.
“Inadmissível, um absurdo!”, publicou uma internauta após ver as imagens. “Meu Deus, quanta maldade, como fica o coração dos pais da família?”, questionou outra mulher por meio das redes sociais.
Além de descreverem a cena como “revoltante”, internautas que acompanharam o caso também pedem por justiça. “A Justiça tem que cuidar deste caso com todo rigor e para servir de exemplo”, disse um homem.
Outra mulher, que também viu as imagens, destacou que, para trabalhar com crianças, é preciso ter paciência. “Infelizmente, está ficando cada dia mais comum esse tipo de comportamento. Tem todos os requisitos, diploma, mas falta o mais importante: amor, afeto, paciência, amar a profissão. Estão ali apenas pelo salário, e nossas crianças pagando por isso. Absurdo, lamentável”, afirmou ela.
Segundo a escola, a profissional foi exonerada do cargo por justa causa, já que agiu contra os princípios e preceitos educacionais e socioemocionais.
O advogado de defesa da família da vítima, Franco Antunes, disse que a mãe notou marcas vermelhas no rosto da criança ao buscá-la na escola no dia 15 de março. A unidade tem um sistema de monitoramento, e a mãe conseguiu acessar o momento das agressões.
“A família espera que ocorra uma ampla investigação. A família quer saber se foi uma prática isolada ou se aconteceu de forma reiterada. Também é uma preocupação da família que a investigação ocorra de maneira efetiva, para que a família fique sabendo se isso, eventualmente, possa ter ocorrido com outras crianças”, explica o advogado.
Antunes afirma que a mãe da criança havia observado mudanças no comportamento da filha, que não queria mais pentear os cabelos e se assustava com facilidade. “Ela já vinha percebendo que a filha estava com algumas alterações de comportamento, estava mais assustada, chorando para ir à escola. Falavam para ela que é coisa da idade, mas ela percebia que o sono da criança estava diferente, com pesadelos, e vindo com marcas de mordida de outras crianças”.
De acordo com o advogado, a mãe relatou que aconteceram alguns episódios de mordida no ano passado, e que a mudança de comportamento dela foi neste primeiro semestre, a partir de janeiro desse ano. “A mãe reclamou, sim, escrevendo na agenda, chegou a ir na escola, conversou com a professora e direção, e disseram para ela que isso acabava acontecendo, que elas estavam atentas, mas que um caso ou outro acabava acontecendo, porque, até segundo Freud, mordida nessa idade é normal”.
Ele reforça que o intuito dos familiares da criança, que estão muito abalados com a situação, é não prejudicar a imagem de ninguém. Eles querem o esclarecimento do caso e acompanhar o processo criminal, antes de entrar com um pedido de indenização.
Bebê é agredida por professora em escola de Praia Grande: https://t.co/bedYFYZhPG pic.twitter.com/h93xca6q1n
— Jornal A Tribuna (@atribunasantos) March 29, 2022
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba