O professor de Língua Portuguesa, Rodrigo Sales, esteve no bancada do Master News, programa da Tv Master, na noite desta sexta-feira (12), falando a respeito da Operação Gabarito que deflagrada nesta semana. Rodrigo ministra aulas preparatórias para concurso público há 15 anos.
A Operação Gabarito desarticulou um quadrilha que trabalhava com fraudes em concursos públicos na região Nordeste. O caso tem tido grande repercussão por os envolvidos serem professores de cursos preparatórios, servidores públicos do Detran-PB e até mesmo policiais.
Segundo Rodrigo Sales, o caso é muito complexo, pois a quadrilha praticava estas fraudes há mais de dez anos. Mas também ressalta a ação da Delegacia de Defraudações e Falsificações da Capital, na pessoa do delegado Lucas Sá, que já vinha investigando casos de fraudes em concursos.
Ao ser questionado como esta quadrilha conseguiu agir por tanto tempo, considerando a segurança praticada em provas de concurso como também em provas para ingresso nas universidades, o professor afirmou que “à medida que a tecnologia pra barrar, avança, os bandidos também se aprimoram”.
Os bandidos tinham acesso ao gabarito através de um professor infiltrado que resolvia a prova rapidamente e saía da sala o quanto antes com as respostas corretas e repassava estas informações para os candidatos através de pontos eletrônicos.
Sobre os métodos que a quadrilha utilizava para ter contato com alunos/candidatos, Sales destaca que “a internet facilita esse tipo de comunicação. Existem grupos de whatsapp, facebook. A facilidade pra encontrar informação é muito grande”.
Segundo o professor Rodrigo, o grupo é “especificamente da Paraíba, mas eles atuavam no Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí a 10 anos”.
Rodrigo diz também que “devem ser punidos exemplarmente”. “Não importa a que nível precise chegar. Até mesmo chegar a anular o concurso”, acrescenta.
DAQUI PRA FRENTE
“Qualquer investigação é sempre positiva. A operação está no inicio e já tá com vinte mandatos de prisão. Isso é positivo”, diz Rodrigo.
Sobre a possibilidade de seus alunos terem sido beneficiados, Sales diz que espera ” sinceramente que não. Nem aqui, nem recife e campina grande”. “Espero que eu tenha conseguido em minhas aulas mostrar que o caminho ético é o único a ser buscado”, completa.
Fonte: A Redação
Créditos: Estagiária Érika Soares