gerou revolta

Professor de Medicina pede demissão após dizer em aula que "se o estupro é inevitável, relaxa e goza" - VEJA VÍDEO

O médico ortopedista afirmou que percebeu a gravidade de sua fala e pediu demissão. A instituição afirmou lamentar o ocorrido e disse que está a disposição dos alunos.

Antes de começar uma aula virtual da Faculdade de Medicina Estácio de Sá de Juazeiro do Norte, no região do Cariri cearense, o professor e médico ortopedista Samir Samaan Filho fez um comentário, aos risos, sobre estupro, que viralizou e gerou revolta nas redes sociais. “Bora para acabar logo, né? É aquela coisa assim: se o estupro é inevitável, relaxa e goza. Para acabar logo e ficar livre logo disso daí”, disse. O caso veio à tona nessa terça-feira (29) com a divulgação de vídeo do momento e do perfil do docente.

A instituição afirmou lamentar o ocorrido e informou que Samaan já “não integra mais o quadro de colaboradores” da faculdade. O ortopedista e traumatologista com atuação na região do Cariri disse por meio de nota que pediu demissão no dia seguinte após ter utilizado “uma frase extremamente infeliz e ter percebido o erro ainda durante a aula”. “Aos meus alunos, à minha família, aos meus amigos e colegas de trabalho e as todos que tomaram conhecimento desse episódio, as minhas mais sinceras desculpas”, comenta o médico.

Em posicionamento divulgado nas redes sociais, a faculdade pondera que “atua na promoção de um ambiente acadêmico respeitoso e já entrou em contato com os alunos para prestar esclarecimentos” e pontua que permanece à disposição de todo os estudantes. Nos comentários da publicação, mulheres se manifestaram pedindo para a instituição “selecionar melhor seus docentes” e comentando que ele não fazer mais parte do local de ensino foi o “mínimo”.

“Deveria responder pelo crime de incitação ao estupro. Pode ter figuras meninas o suficiente na família, mas não foi o suficiente para medir as palavras”, disse uma usuária da rede social. A gravação da parte da aula onde Samir Samaan faz o comentário foi divulgada por estudantes de medicina no Twitter e amplamente condenada. A reportagem tentou contato com o médico por meio de ligações para os números pessoal e profissional disponibilizados por eles nas redes sociais, além de mandar mensagens, mas não obteve respostas.

Procurado para comentar o caso, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) informou que não havia tomado conhecimento do fato.

Fonte: com O Povo
Créditos: com O Povo