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Procuradora revela intransigência de Ricardo Coutinho e diz que Justiça é “desmoralizada” pelo governador

Sanny_Japiassu

Reeleita presidente da Associação dos Procuradores da Paraíba, Sanny Japiassu, disse que irá começar novo mandato com o mesmo desejo de mudar a realidade da categoria na Paraíba. As dificuldades dos procuradores paraibanos reside na falta de diálogo com o Governo do Estado e falta de cumprimento da Lei por parte do governador Ricardo Coutinho (PSB).

Durante entrevista a rádio Sanhauá, Sanny assegurou que a categoria não conseguiu entendimentos com Coutinho, mas prometeu que a luta pelos procuradores continua: “Somos advogados do Estado e não do gestor do momento, mas infelizmente em três anos de gestão não conseguimos entendimentos com o atual governador. Esse entendimento deveria existir aqui no estado da Paraíba, mas na hora que esse entendimento não aconteceu, buscamos o judiciário para fazer cumprir nossas prerrogativas”, disse.

A presidente revelou lista com os advogados comissionados que estão sendo pagos pelo Governo para assumir função de procuradores mesmo depois da determinação do STF que proibiu atos:“O Tribunal de Contas me passou a lista de pagamento dos coordenadores jurídicos da Paraíba, que o Supremo já determinou que são quadros que não existem. Então, o governador da Paraíba está usando recursos públicos e cometendo ilegalidade, pagando uma classe que não mais existe. E para minha surpresa, os coordenadores com salários diferenciados para a mesma função, o que m e deixa claro que o salário de cada um depende de quem indicou. Quer dizer, é uma inversão da legalidade, um escândalo nacional o que está acontecendo na Paraíba”, explicou.

Sanny sugeriu intransigência de Ricardo Coutinho para com os procuradores e disse que o governador da Paraíba não acata decisões da justiça: “Nós temos decisões do Supremo Tribunal Federal e o governador finge que não está vendo, nós temos decisão do TJ da Paraíba que também não está sendo respeitada. E o que é mais grave, nós temos emenda constitucional publicada, em plena validade, que determina que o Procurador Geral deve ser um membro da carreira escolhido pelo governado entre os membros da carreira e o governador também está fazendo ouvido de mercador. E eu asseguro, isso só existe na Paraíba”.

Por fim, a procuradora disse que a justiça na Paraíba é desmoralizada pelo chefe do executivo: “O maior problema que hoje eu vejo na Paraíba é que o governador que jurou respeito a constituição simplesmente não cumpre a Lei. É um estado hoje que a segurança jurídica não existe. A justiça está a todo momento sendo torpedeada, desmoralizada”.

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