Prioridades e interesses

fotoAline Lins

A UEPB ficou mais uma vez sem chão, em João Pessoa. O governador Ricardo Coutinho entregou, ontem, ao Ministério Público da Paraíba (MPPB), a averbação da escritura pública de terreno localizado na BR-230, estrada para Cabedelo, destinado à construção do Complexo Administrativo do órgão, e recebeu do MPPB, por meio de decreto, os dois prédios das atuais sedes administrativas localizadas no centro de JP e que serão repassados após a inauguração das novas instalações do MPPB. O terreno estava destinado à construção do Campus 5 da UEPB. A área foi desapropriada para esse fim ainda no governo de Cássio Cunha Lima. O governador Ricardo cedeu a área, segundo explicou, porque a universidade não tinha “prioridade” nem “interesse” para construir o campus agora. A UEPB não tinha era dinheiro.


Inadequação

Bom. Apesar do terreno em que será construído o Complexo do MPPB ter sido de propriedade da UEPB, o reitor Rangel Júnior afirmou que a área estava sendo considerada inadequada para funcionar a instituição de ensino, pela localização, às margens de uma BR, apresentar riscos de vida. Ele quer negociar outra área ou edifício com o Estado.

Compromisso
Rangel Júnior disse, ainda, que o governador se comprometeu a viabilizar condições para a UEPB ter outro local de funcionamento em JP. Mas já adiantou que não tem interesse nos prédios atuais do MPPB, devido ao trânsito no Centro. Ontem, a UEPB comemorou os sete anos dos campi de Monteiro, Patos e João Pessoa. Que ironia…


Sobre a sindicância

O novo secretário executivo da Casa Civil, Walter Aguiar, disse que ainda vai se inteirar dos fatos envolvendo irregularidades nas compras feitas pela pasta. Mas assegurou que a orientação do governo é a austeridade.


Museus da PB

A Petrobras, em parceria com o MinC, investirá R$ 20 milhões em 12 museus brasileiros, entre 2013 e 2014. No NE, quatro projetos foram contemplados, nos estados de PE (2), BA e RN. A PB, mais uma vez, ficou fora.


Descomunal

Em virtude da audiência pública realizada ontem para discutir o fechamento das coletorias no Estado, não foram apreciados ontem os 27 vetos que trancam a pauta da Assembleia Legislativa. Segundo o presidente da ALPB, deputado Ricardo Marcelo, ainda na semana passada, 18 vetos estavam na pauta. “É uma coisa descomunal, que ninguém nunca viu em governo nenhum, e a Assembleia está assoberbada de vetos. Estamos trabalhando, mas há vetos que são polêmicos e precisam ser discutidos e nós não vamos obrigar os deputados a se calarem e votar de forma omissa”, afirmou o presidente.