polêmica

Presidente de universidade renuncia por escândalo sexual

Professores pediam a renúncia de Max Nikias, que “fracassou em proteger nossas estudantes, nossa equipe e nossas colegas de um repetido e perverso assédio e abuso sexual”, atribuído ao ginecologista George Tyndall

O presidente da Universidade do Sul da Califórnia (USC), C.L. Max Nikias, renunciou nesta sexta-feira, em meio ao escândalo por abuso sexual envolvendo um ginecologista da instituição.
O Conselho de Administração informou na tarde desta sexta-feira que a USC acertou “iniciar uma transição ordenada e o processo de eleição de um novo presidente” para substituir Max Nikias, no cargo desde 2010.
“Reconhecemos a necessidade de mudança e estamos comprometidos com uma transição estável. Tenham em conta que nossas ações serão rápidas e exaustivas, mas pedimos sua paciência enquanto administramos este processo complexo”, destaca o comunicado do Conselho.
Na terça-feira, 200 professores pediram a renúncia de Max Nikias, que “fracassou em proteger nossas estudantes, nossa equipe e nossas colegas de um repetido e perverso assédio e abuso sexual”, atribuído ao ginecologista George Tyndall.
Duas ações coletivas foram apresentadas à Corte Superior de Los Angeles “em nome de milhares de estudantes” que alegam ser vítimas do médico.
Tyndall trabalhou por anos como ginecologista da USC e, segundo as denúncias, a universidade “ignorou ativamente inúmeras queixas de abuso sexual feitas por suas estudantes”, no intuito de “proteger sua reputação e suas finanças”.
A USC chegou a um acordo amigável com Tyndall em 2017, um ano após ser colocado em licença para uma investigação interna que incluiu queixas documentadas desde 2000 e que destacavam constantes comentários sexuais e racistas em suas consultas, e a descoberta de uma caixa com fotografia das genitálias de suas pacientes.
O advogado John Manly revelou que 200 ex-alunas da USC contactaram uma linha telefônica colocada à disposição pela universidade para coletar informações sobre Tyndall.

Fonte: Correio Braziliense
Créditos: Correio Braziliense