A Polícia Civil da Paraíba indiciou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Roraima (OAB-RR), Ednaldo Gomes Vidal, pelos crimes de falsidade ideológica e peculato. As investigações apontam que Vidal atuava como “servidor fantasma” no governo da Paraíba desde 1990.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) iniciou as investigações após receber uma denúncia anônima. Outros três servidores também foram indiciados por participação no suposto esquema.
Segundo a denúncia, Ednaldo é funcionário público lotado na secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), designado para a Cadeia Pública de Santa Luzia, desde 1985. Em 1990, ele teria se mudado para Boa Vista, capital de Roraima, portanto, não comparecendo mais em Santa Luzia para realizar seu trabalho. Ele é presidente da OAB-RR desde 2019.
Mesmo sem trabalhar, Ednaldo teria continuado recebendo salários até abril de 2024, quando sua aposentadoria por tempo de serviço foi anulada.
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Segundo o Portal da Transparência do Governo do Estado, o salário variava entre R$ 2.732,57 e R$ 2.826,69. A Polícia Civil apurou que, em 29 anos, ele teria recebido R$ 512.733,76 em salários.
O relatório final do inquérito policial concluiu que existia um esquema de “rachadinha”, onde diretores e funcionários das unidades prisionais se beneficiavam da remuneração de Ednaldo em troca de encobrir sua ausência.
Procurado pela imprensa de Roraima, Vidal disse que está tomando as providências jurídicas cabíveis contra o que chamou de “material de cunho estritamente política partidária”.
