Presidente da CUT defende programas sociais e afirma que a elite brasileira tem preconceito com programas sociais

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O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores, Wagner Freitas, disse na tarde desta quarta-feira, 23, que existem muitas centrais sindicais pelo Brasil e, por isso, defende a reforma da legislação que permite a criação de sindicatos.

Em entrevista a Rádio Sanhauá, Freitas disse que há intenções de extinguir a cobrança de taxa sindical dos trabalhadores brasileiros, “mas para isso, é necessário que seja planejado e encontrado um meio para sustentar o movimento que defende os trabalhadores”.

Haverá nesta tarde uma uma audiência pública na sede do Sindicato dos Trabalhadores em telecomunicações da Paraíba para debater o papel do movimento sindical na atualidade.

Indagado sobre as manifestações populares realizadas em meados do ano passado, Wagner Freitas disse que “acho que todos que vão às ruas estão convidados para integrarem à CUT, o movimento foi bom se olharmos da seguinte maneira, eu ia às ruas quando era jovem para reivindicar melhorias no trabalho da Petrobrás e outros temas assim; no ano passado não vimos isso, as pessoas queriam mudanças no estado, pediam segurança, saúde e educação de qualidade e isso é positivo”, disse.

Ele disse que as manifestações traziam reivindicações que são comuns aos movimentos populares e à CUT, mas destacou que “o risco é quando a direita começa a tomar conta das manifestações nas ruas, porque levantar um cartaz pedindo um namorado padrão FIFA não é manifestação, movimento pelo não movimento não serve, se voê não participa de movimentos populares e não participa de partidos políticos não está trabalhando para mudar o país, é necessário se organizar para mudar a realidade”.

Sobre os projetos sociais do governo federal, Freitas disse que não é correto dizer que os beneficiados do Programa Bolsa Família não são “vagabundos”, “isso é preconceito da elite brasileira, quem diz que a população que recebe o benefício se transforma em vagabundo deve concordar que a redução de impostos para empresários faz o mesmo, incentiva os empresários a se acomodarem”, opinou.

Walter Freitas disse que os milhões investidos no Programa incentivam as crianças a estarem nas escolas e movimenta o comércio porque as famílias vão comprar comida e materiais para os filhos com o benefício.

 

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