Presidente da Câmara de Campina Grande culpa desinformação do eleitor por desaprovação

O presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Nelson Gomes Filho, afirmou que o baixo índice de aprovação do trabalho dos vereadores apontado pela pesquisa Ibope é provocado pela falta de informação da população. Os números da pesquisa apontam que 32% do eleitores desaprovam o desempenho do legislativo municipal, enquanto apenas 12% avaliam como ‘ótimo’ ou ‘bom’.

Nelson saiu em defesa dos vereadores e cobrou maior envolvimento da população na rotina da Casa de Félix Araújo. “As pessoas não vêm (para as sessões), são ouvidos e dão uma nota negativa para a Câmara Municipal. Eu não vou discordar porque todo mundo tem o direito de opinar, agora eu queria que a população acompanhasse os trabalhos da Câmara para que pudesse fazer uma avaliação real de cada vereador”, argumentou.

A avaliação negativa surpreendeu o presidente da casa, que lamentou o resultado. “Infelizmente é um número assustador, eu fiquei surpreso. A população não acompanha os trabalhos”, revelou. A pesquisa Ibope foi realizada entre 14 e 16 de agosto, com 602 eleitores e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), sob o protocolo nº 00043/2012.

Nelson afirmou que os dados não refletem o empenho dos parlamentares. “Eu tenho certeza que as pessoas que vêm à Casa de Félix Araujo estão vendo o trabalho e o desempenho de cada vereador. Os vereadores quando vêm para aqui, vêm fazer a sua parte”, garante. Durante o período eleitoral, apenas uma sessão é realizada por semana, sempre às terças-feiras.

‘PODE PIORAR’
Para o vereador Fernando Carvalho, único da atual legislatura que não disputa a reeleição, a culpa da rejeição é dos próprios vereadores. “É uma tristeza perceber como o legislativo é mal avaliado. Isso reflete a nossa falta de habilidade e de comunicação com a sociedade. Até hoje, a sociedade não entendeu qual é o papel do parlamento e a culpa é do Legislativo que não encontrou a forma de se relacionar com o cidadão”, disparou, alertando que a situação pode piorar nas próximas legislaturas, caso o cidadão não vote com consciência.