O programa Master News recebeu, na noite desta quarta-feira, 19, o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba, João Fernandes; os deputados Anísio Maia e Renato Gadelha, que preside a Frente Parlamentar das Águas na Assembleia Legislativa da Paraíba; e o procurador de Justiça Francisco Sagres, que integra o Comitê de gestão Hídrica da Paraíba no Ministério Público do Estado. Os convidados debateram a crise hídrica e soluções para a falta de água no estado.
Francisco Sagres afirmou ter recebido a garantia, do governo federal, que a obra de transposição do Rio São Francisco possibilitará a chegada das águas na Paraíba até o fim do mês de fevereiro de 2017. Como medida emergencial, ele destacou a importância dos carros pipa transportando água, mas enfatizou que tem lutado para garantir que a água seja devidamente tratada e própria para o consumo humano, inclusive para beber.
João Fernandes disse que o problema de atrasos na transposição “é um problema político e os deputados federais, governadores, procuradores e todos que têm voz precisam cobrar mais e mais para que a obra do eixo leste seja aceleradas”. Ele disse que tem cobrado em todos os momentos possíveis e justificou que “só a pressão política pode fazer com que o governo federal não amoleça e interrompa a obra”; João finalizou dizendo que a situação do Sertão paraibano é pior que Campina Grande.
O deputado Renato Gadelha disse que tem sido determinado na reivindicação de rapidez nas ações de combate aos efeitos da seca na Paraíba. Ele disse que conversou com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, cobrando agilidade, mas recebeu como retorno que o governo Temer teme problemas com o Tribunal de Contas da União, já que houve problemas com empresas que realizavam obra de transposição e a nova licitação foi barrada pelo TCU.
Anísio Maia defendeu uma mobilização firme da bancada paraibana em Brasília. “Manifestação enérgica seria parar de votar as pautas até o governo aja e faça contratação de nova empresa, que dê andamento as obras, é uma questão de utilidade pública, as pessoas estão morrendo de sede”, disse. Ele afirmou que fazer reuniões e apenas debater o assunto não adianta mais e ele não acredita.
Créditos: Ívyna Souto – Polêmica Paraíba