PPS segue sem definição sobre direção

O PPS da Paraíba poderá ficar sem representação no XVII Congresso Nacional do partido, em São Paulo, em virtude do impasse gerado após a realização do congresso da legenda estadual e a eleição para o Diretório Estadual, em que a deputada estadual Gilma Germano (PPS) foi eleita presidente.

Ocorre que o mandato de dois anos do atual presidente estadual José Bernardino vai até o próximo dia 31, e apesar da Executiva Nacional ainda não ter se posicionado sobre a validação ou não do congresso e da eleição realizados pela legenda paraibana, bem como sobre recurso de Bernardino interposto junto à direção nacional, os representantes dos dois grupos divergentes do partido já estão em São Paulo para participar do XVII Congresso Nacional, que acontece a partir de hoje até domingo (11), no Bourbon Convention Ibirapuera.

“A Executiva Nacional designou uma comissão para analisar o recurso. Esperamos que isso se resolva até a abertura do congresso, na sexta à noite (hoje)”, disse o vereador Bruno Farias (PPS). Já a deputada Gilma Germano disse que, sendo validado o congresso, sua posse na direção estadual do PPS da Paraíba será imediata. Segundo o vereador Bruno Farias, o Estatuto do partido reza que a posse da nova diretoria é imediata, após a realização do congresso.

Gilma Germano disse que a situação do PPS na Paraíba é inaceitável, mas acredita que a Executiva Nacional validará o congresso do PPS paraibano. “Não tenho dúvida da validação do congresso pela Executiva Nacional”, disse.

O deputado Janduhy Carneiro (PPS), por outro lado, confirmou que o atual presidente estadual do partido até 31 de dezembro é José Bernardino, que nesta condição, portanto, viajou a São Paulo para o Congresso Nacional.

Janduhy acusa irregularidades na realização do congresso na Paraíba por alguns membros que teriam ferido o estatuto do partido. “O congresso foi ilegal porque a convocação teria que ser feito pelo Diretório Estadual, e não pela Executiva Estadual. E a convocação teria que ter sido feita com antecedência de 30 dias”, contestou.

Outro aspecto apontado pelo parlamentar é que algumas pessoas teriam sido incluídas na chapa sem a anuência delas, que sequer teriam comparecido ao congresso. Essas pessoas seriam José Leite, do município de São José de Caiana, e o advogado Manoel Sales, designado para ser o primeiro tesoureiro do partido, mas sem a anuência dele. “José Leite estava no Estado de Goiás, e constou o nome dele como se estivesse no congresso”, disse Janduhy.

O vereador Bruno Farias, no entanto, rebateu as acusações.

Afirmou que houve no caso de José Leite um problema com homônimos. “O José Leite de São José de Caiana trata-se de outro cidadão. O que esteve presente no congresso é de Cajazeiras”, afirmou.

Do Blog com JP OnLine