Informações dão conta que tudo depende de como o governo se sairá no processo de impeachment
Os três partidos que negociam espaços no governo (PP, PR e PSD), decidiram em conjunto deixar o anúncio da nova configuração de ministérios para depois da votação do impeachment em plenário. De acordo com a coluna Painel, se o governo Dilma Rousseff sobreviver ao processo, precisará dos partidos para governar. Caso contrário, ao menos se livram da foto da posse e elevam o passe para negociar com o próximo governo.
Faltando doze dias para a data prevista para a votação do impeachment no plenário (17), o cenário é de um alto percentual de indecisos e crescente desgaste de Michel Temer, agravado com a proposta de eleições gerais. No mais, aliados de Temer contam com recursos do presidente da câmara e réu, Eduardo Cunha ao STF, para impedir o avanço do pedido de deposição do vice-presidente.
ÚLTIMA HORA
A declaração de apoio à petista, porém, teria de ocorrer antes da votação. O PP, que deve combinar com as demais legendas parceiras a data do anúncio, já fala em se posicionar somente em 11 de abril — a menos de uma semana do dia D.
ARMADOS
O Planalto adotou a tática do “bateu, levou” no contato com veículos de imprensa. Em tom nitidamente mais beligerante, a ordem é não deixar nada sem resposta. “É guerra, senhoras e senhores”, dizem palacianos.
DIGA X
A doze dias da data prevista para a votação do impeachment no plenário (17), a fotografia captura a seguinte imagem: alto percentual de indecisos e crescente desgaste de Michel Temer — agravado com a proposta de eleições gerais.
VENTO VENTANIA
Um líder partidário entusiasta do impeachment dizia na segunda (4) em tom de lamento: “Os ventos parecem mesmo que estão mudando”.
SÓ NA HORA
A oposição pondera: uma coisa é o líder vender, outra é o deputado entregar.
DO CONTRA
Governo e PT estão pessimistas com a possibilidade de o STF definir esta semana se o ex-presidente Lula poderá assumir a Casa Civil. Hoje, a tendência na Corte é permitir que o petista assuma o cargo.
SERRA ELÉTRICA
Sobre a hipótese de Dilma sacrificar a amiga Kátia Abreu da Agricultura: “Sacrifícios pedimos aos amigos. Lembre-se que Eduardo Campos precisou deixar o ministério para ajudar Lula na Câmara durante o mensalão”, pondera um petista.
DE LA PRA CÁ
Bernardo Santana (PR-MG), ex-secretário do governador Fernando Pimentel (PT), é um dos nomes citados para representar o partido na Esplanada.
Ô, SORTE
Ao ver o desempenho do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, auxiliares de Dilma se disseram aliviados por Luís Inácio Adams não estar mais no governo. A avaliação geral era que o antecessor não conseguiria se sair tão bem.
OLHO NA CORTE
Aliados de Michel Temer contam com recursos de Eduardo Cunha ao STF para impedir o avanço do pedido de deposição do vice-presidente.
NÃO ESQUEÇA
Petistas próximos a Lula insistem que, se Dilma passar pelo impeachment, será preciso embicar o governo à esquerda. A sigla está animadíssima com a proposta de redução do preço da gasolina.
O QUÊ? VITROLA!
O PT aumentou, nos bastidores, o volume de suas críticas ao Ministério da Fazenda. “Eles não sabem empacotar as medidas. Anunciam tudo de forma picada. O Nelson Barbosa até nos recebe, mas não nos ouve”, reclama um dirigente.
DE NOVO NÃO!
O governo está cético em relação à liberação de recursos para as obras do aeroporto do Galeão, no Rio. Tal qual a Sete Brasil, a área técnica do BNDES vem travando o empréstimo definitivo.
FILME QUEIMADO
Se o banco de fomento não autorizar o financiamento, como já havia sinalizado, agravará a imagem de instituição que promete, mas não cumpre, o que combina.
AJUDINHA
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Santos, tenta o apoio do Congresso e do governo para destinar ao SUS os recursos recuperados na Lava Jato.
DESTINO ÚTIL
Segundo as previsões do órgão, o setor de saúde pública necessitará de R$ 10 bi este ano. A Lava Jato já teria recuperado cerca de R$ 3 bilhões.
Fonte: Painel Folha / Notícias do minuto
Créditos: Painel Folha / Notícias do minuto