Postagem de um professor da Universidade de Brasília (UnB) sobre um estudante da instituição tem causado polêmica nas mídias sociais. No texto, o docente Marcos Bagno, do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, critica o aluno do curso de direito Bruno Henrique de Moura, um dos líderes do movimento “Respeita Minha Aula”, contrário à ocupação na instituição de ensino.
O professor afirma que Bruno “se salvou de uma vida de pobreza, perseguição e infelicidade, entrou para uma família de gente honesta, trabalhadora e amorosa, se valeu de cotas e, agora, quer se passar por branco, classe média e meritocrático”. Bagno diz ainda que o jovem é “ignorante”, “lambe-botas dos capatazes” e “reacionário de conveniência”, entre outras críticas.
A postagem foi apagada cerca de uma hora e meia após a publicação, mas foi o suficiente para causar polêmica na internet. Alguns consideraram o texto racista. Alvo do ataque, Bruno Moura afirmou que pretende tomar medidas contra o professor. “Quero entrar com um processo administrativo-disciplinar contra ele e também com queixa-crime por racismo, difamação e danos morais”, disse.
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Além da suposta mensagem decretando a morte dos envolvidos, fotos dos suspeitos também teriam sido divulgadas.
O estudante ressaltou que ficou surpreso com o acesso do professor teve às suas informações, mas informou que algumas estão erradas, como a de que ele ingressou na UnB como aluno de jornalismo. Bruno contou que nunca teve contato com Bagno e acredita que a postagem tenha sido feita por conta de sua atuação como líder do movimento contrário à ocupação na Universidade.
“O que me ofende é que a UnB mantenha um professor deste nível em seu quadro. Ele é referência em sua área, mas continua tendo esse tipo de atitude. Já está na hora de alguma medida ser tomada contra ele”, afirma.
Marcos Bagno é conhecido por expor opiniões polêmicas nas redes sociais, defendendo posições extremas. Em uma das suas publicações, ele diz que o “Brasil só vai se resolver no tiro e na ponta da faca”.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Pedro Alves
