A Polícia Federal afirmou que houve vazamento da sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada na última sexta-feira, para uma das empreiteiras sob investigação, a OAS. Devido ao vazamento, a PF encontrou advogados de defesa dos investigados quando foram cumprir mandados de prisão.
Em ofício de ontem, protocolado na Justiça Federal do Paraná, o delegado da PF Márcio Adriano Anselmo escreveu que “no curso do cumprimento dos mandados de busca e apreensão na empresa OAS, os policiais foram surpreendidos, quando chegaram na madrugada, com a presença de três advogados no local”, na cidade de São Paulo.
A PF registrou um auto circunstanciado, no qual afirma que questionou aos advogados o que faziam lá e eles responderam que “é de costume chegarem cedo”.
O delegado também informou que o investigado José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS, com residência em São Paulo, foi preso em Salvador (BA), para onde havia viajado na noite de quinta-feira passada, véspera da operação.
CGU
O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, informou ontem que empresas investigadas pela Operação Lava Jato já entraram em contato com o órgão público para discutir a realização de acordos de leniência.
A iniciativa permite a redução de penas administrativas, como a aplicação de multas e a proibição de novos contratos com o governo federal, caso as empreiteiras investigadas pela Polícia Federal admitam práticas ilegais e contribuam com a apuração.
O ministro não revelou quais foram as empresas que procuraram o poder público. Ao todo, nove empreiteiras estão sob alvo de investigação: Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Mendes Júnior, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa e Galvão Engenharia.
Correio da Paraíba