“Terrorismo não é hipótese investigada”, foi o que disse o secretário estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marcus Vinícius Braga, nesta quinta-feira (26) ao comentar sobre as investigações sobre o ataque a bomba à produtora responsável pelos vídeos do grupo humorístico Porta dos Fundos. O caso tem sido tratado como explosão e tentativa de homicídio.
Em conversa com o jornalista Igor Mello, do portal UOL, Braga afirmou que não há possibilidade do crime ser enquadrado como terrorismo. A Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260) prevê que “o terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”. O policial assumiu o posto em janeiro, após ser nomeado pelo governador Wilson Witzel.
O delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio Ribeiro, disse ainda que o grupo neointegralista citado em vídeo assumindo a autoria do atentado negou a responsabilidade. “O vídeo é verídico. Não se sabe se foi o grupo que fez. O grupo que se diz integralista diz que não é deles. Já negaram a autoria. Não se sabe se foram eles que colocaram o vídeo”, disse.
O ator João Vicente, do Porta dos Fundos, foi à sede da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira representando o grupo. “Acho que a gente não está falando aqui sobre o Porta dos Fundos, mas sobre a liberdade de expressão. Estamos falando de um ato violento que a gente não vai permitir. O Rio não precisa de mais violência. Não precisa de mais grupos violentos. Precisa cortar esse mal pela raiz. O que aconteceu foi um atentando à liberdade de expressão”, disse após conversa com autoridades.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Redação Revista Fórum