POLÊMICA: Cunha prepara o roteiro do impeachment - Por Felipe Moura Brasil

O presidente da Câmara discutiu com seus aliados uma forma menos comprometedora de fazê-los avançar, além de ter acertado a exclusão do PT dos postos de comando das CPIs do BNDES (que será presidida pelo DEM) e dos fundos de pensão (PMDB).

alx_presidente__o-deputado-eduardo-cunha-20150506-0001_original-300x234
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer autorizar a tramitação dos mais elaborados pedidos de impeachment de Dilma Rousseff.

O presidente da Câmara discutiu com seus aliados uma forma menos comprometedora de fazê-los avançar, além de ter acertado a exclusão do PT dos postos de comando das CPIs do BNDES (que será presidida pelo DEM) e dos fundos de pensão (PMDB).

Diz a Folha:

“No novo cenário, ele rejeitaria dar sequência aos pedidos, mas algum deputado aliado recorreria de sua decisão ao plenário, o que é permitido pelo Regimento Interno da Câmara. Com isso, a decisão seria tomada pela maioria simples dos presentes.

São dois os objetivos manifestados nos bastidores: minimizar os riscos políticos de Cunha e constranger os aliados fiéis a Dilma a assumir perante à sociedade, no voto, uma eventual recusa a dar seguimento a um processo contra a petista.

Caso essa votação decida pelo seguimento do pedido, é criada uma comissão especial que emite parecer a ser apreciado pelo plenário. O processo contra Dilma só é aberto ‘e ela afastada’ com o apoio mínimo de dois terços dos deputados (342 de 513).”

O plenário da Câmara já iniciou a análise das contas presidenciais pendentes, o que abre caminho para a votação da prestação de contas de Dilma, suspeitas de irregularidades e que serão apreciadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Para que o teatro de Eduardo “Não Fui Eu” Cunha funcione, convém à população brasileira tomar as ruas no dia 16 de agosto para pressionar os deputados amarelões.

Se tudo correr bem, cada manifestante poderá gritar: “Fui eu!”