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Marcos Tavares

A nossa UFPB desiste do PSS e parte para o Enem como única forma de classificação para a entrada no curso superior. Não vamos ao mérito da questão, nem considerar se um exame nacional não vai sacrificar nossos alunos com um coeficiente de aprendizado mais baixo. Vamos a outra questão. A nossa brava universidade diz que o principal motivo para essa súbita e desavisada mudança foi a lei que isentou os alunos da escola pública do pagamento da taxa de inscrição no Vestibular. Isso teria deixado a UFPB sem condições de bancar o exame.

Custo a crer que uma medida de impacto didático como essa, que vai mexer com vidas e sonhos de muita gente, tenha sido tomada unicamente por motivos econômicos, e que motivos?! Será que nossa sapientíssima universidade, que inclusive possui uma gráfica, não tenha uns caraminguás para bancar um concurso cujas únicas despesas se resumem na impressão de provas, pagamento dos professores que elaboram o exame, fiscais e professores que corrigem as provas finais? Não é algo assim tão escandaloso para o segundo maior orçamento do Estado.

Acredito que outros motivos que não essa súbita e franciscana pobreza deve existir por trás dessa decisão. Não anunciá-los é o que causa estranheza, pois o conjunto de alunos das escolas particulares continuaria a pagar as taxas e com isso se conseguiria caixa para o exame. O que não me cabe na cabeça e me causa espécie é essa declaração de miséria absoluta que não se coaduna com a vida universitária em todos seus aspectos. Seja como for, acaba a agonia do Vestibular que é substituída pela agonia do Enem onde já desfilaram receitas culinárias, hinos de times e outras pérolas de nossa cultura.

Números

Se o senador Cássio Cunha Lima já era uma figura requisitada, ficou mais ainda depois que vazou a notícia de que ele teria encomendado – e recebido – pesquisa quantitativa para as eleições majoritárias de 2014.

Por enquanto, segundo os mais atilados, a pesquisa estaria guardada a sete chaves e somente teria sido vazada para o também senador Cícero Lucena e o presidente dos tucanos, deputado Ruy Carneiro.

Não se sabe o que os números anunciaram, apesar de que a pesquisa pode pecar pela absoluta incerteza dos nomes que realmente irão à disputa pelo Governo da Paraíba. Mas, de qualquer maneira, é um grande indicativo.

Fusão

Ou confusão. A pretendida junção do PPS com o PMN antes mesmo de ser concretizada vem dando margem a brigas e disputas homéricas.

A jornalista Lídia Moura quer a cadeira de presidente da nova legenda, mas os integrantes delas duas querem alguém com mandato, com votos, alguém que possa mostrar musculatura política.

Como a questão está sendo debatida e resolvida fora da Paraíba, por aqui só devem chegar os estilhaços dessa confusão, que pode até impedir a fusão.

Doentinhos

Para pôr mais lenha na fogueira da intolerância, o deputado Marcos Feliciano quer instituir a “cura gay”.

E desde quando a homossexualidade é doença?

Impaciente

Não cabe ao deputado Anísio Maia avalizar o ensino de Cuba, que todos os órgãos responsáveis do país consideram apenas sofrível.

Ele pode manter sua admiração castrista intocada, mas não pode nem deve brigar com a verdade, mesmo porque é melhor sem médico que com um médico incapaz.

Metamorfoses

O termo metamorfose ambulante cai bem ao ex-prefeito Luciano Agra. É raro o dia em que ele não aparece como tentado a entrar numa legenda diferente. A bola da vez agora é o PV, mesmo com todos os mimos do PT local.

Insegurança

Bandidos saem do interior e chegam fagueiramente ao litoral.

Caixas eletrônicos na UFPB são dinamitados e bandidos fogem sem serem incomodados. Valha-me Deus!

Gratuidade

Essa mania de dar gratuidade nos transportes está virando uma epidemia. O deputado Frei Anastácio quer ônibus interestaduais gratuitos para todos os eleitores que moram fora do seu domicílio. Tá de bom tamanho?

Voando

O prefeito Expedito Pereira não mediu as palavras e disse que houve sonegação na gestão anterior.
E que por isso as obras de acesso ao nosso aeroporto não saíram do papel.

Frases…

Acendendo – Eleição é como fogueira. Para atiçar o fogo qualquer pau serve.

Elétrica – As contas de energia estão chocantes!

Real – O Conde D’Eu era um homem de muita coragem. Basta olhar os retratos da Princesa Isabel.