PMJP abandona obra e “Restaurante Popular” vira ponto de tráfico de drogas e prostituição

Moradores do bairro de Mangabeira esperam há três anos pela conclusão de um restaurante popular que atenderia mil pessoas diariamente. A obra, iniciada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) em maio de 2009, foi orçada em R$ 597.847,36 com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e está atualmente abandonada. A população local denuncia o uso da área por traficantes, usuários de drogas, prostitutas e como depósito de lixo.

A área total é de 741,64 metros quadrados e fica localizada na rua Francisco Pereira de Souza, em Mangabeira I, vizinho à Escola Estadual Pedro Lins e a uma unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) que está prestes a ser inaugurada.

De acordo com o projeto inicial, o restaurante teria capacidade para 144 lugares, o que corresponde a uma média de mil pessoas servidas por dia. O equipamento também contaria com cozinha industrial, área de higienização de utensílios e bandejas, câmaras frias para conservação de alimentos, além de almoxarifado, administração, depósito, duas baterias de banheiros, sala de capacitação, central de gás, área para carga e descarga, jardins e amplo estacionamento.

O cenário atual é completamente diferente. A placa com os dados da obra prevista para ser finalizada em 180 dias ainda está lá, mas por trás está apenas a estrutura em sua fase inicial, vazia, com a vegetação crescendo desordenadamente e acúmulo de lixo ao redor. À noite, a falta de iluminação na área inibe os moradores da vizinhança que não se sentem seguros para sair de casa.

Diante das denúncias, reportagem do PolêmicaPB foi até o local e conversou com moradores, que confirmaram a triste realidade.

Confira o áudio:

[audio:http://www.jornaldaparaiba.com.br/polemicapb/site/wp-content/uploads/2012/11/MATERIA-THIAGO-MORAES-RESTAURANTRE-05-11-12.mp3]

A reportagem registrou também, em vídeo, o abandono da estrutura. No local além do lixo, encontramos preservativos, roupas velhas, colchões e acessórios para o consumo de crack.

Confira o vídeo: