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PMDB exige punições a dissidentes tucanos

A bancada do PMDB na Câmara vai cobrar do presidente Michel Temer em reunião, amanhã, no Planalto, o custo político por tê-lo apoiado na votação da denúncia. Peemedebistas querem punições claras aos tucanos que traíram na votação e ameaçam abandonar o presidente numa eventual segunda denúncia caso não haja exonerações. Dizem que o governo precisa “arrancar cabeças em praça pública” para suprir o sentimento dos colegas. Amanhã, Michel Temer recebe o líder do PMDB, Baleia Rossi, e o coordenador da bancada de Minas Gerais, Mauro Lopes.

Preteridos. Aliados observam que a bancada mineira do PMDB foi a mais fiel ao presidente Temer na votação, apesar de não “ter nem porteiro em ministério”.

Sem opção. Deputados mineiros do partido negam interesse em assumir pastas porque teriam de deixá-las em março para disputar eleições, mas pedem recursos para a BR 381.

Por toda parte. Outra crítica da bancada do PMDB é de que há tucanos “infiltrados” em cargos do 1°, 2° e 3° escalão do governo da mesma forma que petistas participam da administração pública.

Não basta. Peemedebistas sabiam que o Diário Oficial da União de hoje traria a exoneração de Gustavo Adolfo de Sá, do Dnit, mas querem mais exemplos.

Mudemos. De saída do Podemos, Alexandre Baldy (GO) deve levar pelo menos oito deputados consigo para a nova legenda, além de quatro de outros partidos. Uma das siglas dispostas a abrigá-los, o PHS, poderá perder o título de nanico e chegar a 20 deputados.

Fogo amigo. As retaliações às traições da votação da denúncia contra Temer vão acontecer até mesmo dentro do PSDB. Líder da legenda na Câmara, Ricardo Tripoli (SP) está na mira de colegas, que prometem fritá-lo internamente, mas não afastá-lo.

Roupagem. Gustavo Krause, César Maia e Roberto Brant elaboram pareceres individuais que vão embasar a mudança ideológica e partidária do DEM na sua reformulação. Garantem que as alterações irão além da simples troca de nome do partido.

CLICK. Um bug de informática no site do Senado criou perfis de senadores ‘fora de exercício’ para deputados. Apontado pela Coluna, o erro deve ser corrigido esta semana.

Não mexe muito. A proposta de desidratar a reforma da Previdência para torná-la mais palatável para a base aliada, tem incomodado parlamentares defensores do texto original.

Vai estragar. Vice-presidente da comissão especial que discutiu a reforma, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) acha que se a proposta for muito descaracterizada “é melhor deixar para ser feita em 2019 com outro presidente”.

O preço. Depois de tatuar o nome de Temer e tecer elogios ao presidente, o deputado Wladimir Costa (SD-PA) listou uma série de pedidos ao governo.

Quero… Wladimir diz ter pretensões no Incra, MDA, Saúde, Ibama, Funasa, Funai e “até para diretor de cemitério, se tiver um carguinho eu quero”, contou.

… e não nego. O folclórico deputado diz que vai encaminhar todos esses pedidos ao ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, “no momento oportuno”.

Fonte: Estadão