Plebiscito: Socialistas defendem consulta em 2014

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Não obstante integrar a base aliada da presidente Dilma Rousseff, o PSB, por seu presidente nacional, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deverá defender hoje que o plebiscito proposto pelo Palácio do Planalto para debater a reforma política seja adiado para 2014 a fim de que as regas possam valer em 2018. A decisão foi antecipada, ontem à noite, pelo líder da legenda na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque. Ele conversou com a imprensa antes da reunião da Executiva nacional da sigla, realizada no Recife, com a presença das principais lideranças do partido. Estiveram reunidos deputados, senadores, prefeitos e cinco governadores do PSB, entre os quais o da Paraíba, Ricardo Coutinho. A exceção foi o governador do Ceará, Cid Gomes, mas seu irmão, o ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, participou dos debates.

O governador Eduardo Campos havia afirmado na semana passada, após reunião de presidentes de partidos da base aliada com a presidente Dilma Rousseff, no Planalto, que todos foram unânimes sobre a necessidade de se promover uma reforma política no país e que a sociedade precisaria ser ouvida para isso. “Ainda, majoritariamente, se entende que é preciso ouvir a sociedade antes de se criar as novas regras, para que um balizamento das reivindicações populares seja dado ao Congresso Nacional”, adiantou Campos. Ele salientou, porém, que o grupo ainda não chegara a discutir as perguntas que devem ser incluídas no plebiscito e que também não ficara estabelecido se a reforma política deveria ser concluída a tempo de funcionar para as próximas eleições. “Alguma coisa pode valer já para 2014, mas nem todo o conjunto da reforma necessariamente valerá para aquele pleito”, advertiu Campos.

Na sua avaliação, a sociedade foi às ruas para melhorar a democracia e a representatividade política no Brasil e os agentes políticos precisam, agora, interpretar esse fato social e dar a ele um curso dentro da institucionalidade. “Sabemos que agora vai have muitas entidades recolhendo assinaturas para propor projetos de iniciativa popular e o Congresso vai poder, então, em decidindo pelo plebiscito, ouvir objetivamente a sociedade brasileira”, argumentou. Eduardo disse achar muito importante que a sociedade brasileira continue a fazer uma reflexão sobre o atual momento porque o país passa. “Todos nós precisamos compreender a distância que se estabeleceu entre a sociedade e sua representação”, alertou o governador de Pernambuco.

RepórterPB