Mensagens de um antigo celular do ex-deputado Eduardo Cunha indicam que Pastor Everaldo, presidente do Partido Social Cristão (PSC), teria pedido dinheiro ao peemedebista. Em uma das conversas, iniciada em 2012, o líder evangélico chegou a falar em “desespero total” para receber recursos de Cunha.
A descoberta foi feita pela Polícia Federal na Operação Cui Bono?, que reúne documentos sobre esquema de liberação de crédito da Caixa Econômica federal para empresas do ramo frigorífico, imobiliário e de concessionárias de rodovias.
O esquema de corrupção envolvia Cunha e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Em outra mensagem, a PF apurou que a empresa Dinâmica Segurança, citada numa conversa entre Geddel e Cunha, é de Edson da Silva Torre, próximo do Pastor Everaldo.
As revelações continuam em outras conversas por celular. Cunha e Geddel também teriam reclamado que o PSC estaria “perturbando” em busca de recursos. As mensagens descrevem uma série de negociatas e doações ilegais de dinheiro ao partido.
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Segundo seus apoiadores, o respaldo vem da gestão eficiente do atual presidente, que organizou as contas da Casa e lidera a construção da nova sede do Legislativo.
Por meio de sua assessoria, Pastor Everaldo declinou comentar o caso ao “Uol” por não ter tido acesso aos documentos da investigação. Em nota, o PSC afirmou “não ter tido acesso a nenhuma informação referente à Operação Cui Bono”.
Um dos advogados de Cunha rechaçou as acusações. Representantes de Geddel Vieira Lima não atenderam à reportagem do site. A Caixa prometeu colaborar com as investigações.
Créditos: Metrópoles
