investigação

PF: gastos de Michelle Bolsonaro eram pagos com dinheiro de fornecedor de estatal

A Polícia Federal identificou que gastos da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro eram pagos com dinheiro de uma empresa que tem contratos com o governo federal – a Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção.

A PF,segundo revelou o portal UOL, identificou que a empresa é a origem de uma série de transferências a um militar subordinado ao então ajudante de ordens da Presidência da República durante a gestão Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

O segundo-sargento Luís Marcos dos Reis fez saques em dinheiro vivo para pagar despesas de um cartão de crédito usado por Michelle Bolsonaro em pelo menos três ocasiões. O militar, também fez ao menos 12 depósitos em dinheiro em conta de uma tia da ex primeira-dama.

A Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção é a origem de depósitos de pelo menos R$ 25.360,00 na conta bancária de Luís Marcos dos Reis, que estava lotado na Ajudância de Ordens da Presidência da República.

O principal contrato da empresa é com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba). A  estatal já foi alvo de operações da PF mirando corrupção em contratos no Nordeste no ano passado.

Segundo o UOL, o dinheiro era depositado por Vanderlei Cardoso de Barros, pai de uma sócia da Cedro do Líbano, nas contas do sargento Dos Reis. Em ao menos uma ocasião, o dinheiro foi transferido de conta bancária da própria Cedro. Depois que o dinheiro caía na conta, o militar sacava as notas em um caixa eletrônico.

Para a Polícia Federal, Dos Reis era responsável por fazer pagamentos a pessoas ligadas à então primeira-dama e para outros militares da Ajudância de Ordens da Presidência da República. Na investigação, ainda de acordo com a reportagem de UOL, a PF alega não ter encontrado justificativa para os pagamentos da Cedro do Líbano ao sargento Dos Reis, que era subordinado de Mauro Cid.

Segundo a reportagem, os pagamentos ocorreram pelo menos até julho de 2022. A caso foi revelado após a PF quebrar sigilos bancários de auxiliares do tenente-coronel Mauro Cid.

Neste sábado, o UOL revelou ainda transcrição de áudio de whatstapp em que Cid mostra preocupação com prática de pagar os gastos da ex-primeira dama como dinheiro vivo.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: UOL