A presença de cerca de seis agentes da Polícia Federal na manhã de hoje na sede do Incra da Paraíba, no bairro dos Estados, serviu para o cumprimento de mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação de supostas irregularidades na contratação de empresas prestadoras de serviços, cujos processos licitatórios realizados ao longo do último ano não atenderam aos ditames da Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos Públicos).
Em meio às buscas, os servidores do Incra aproveitaram para denunciar as más condições de trabalho vivenciadas por eles no órgão. Eles fizeram questão de mostrar a falta de conservação do prédio e diversos problemas estruturais, como viaturas sucateadas, móveis quebrados e vazamentos no teto, entre outros. O rol de queixas foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho que até agora não compareceu ao local.
A servidora Lígia Medeiros disse que o setor de cadastro pegou fogo por causa de um curto-circuito devido a problemas na instalação elétrica. O local passou por reforma, mas segundo os servidores, o “emaranhado de fios” se mantém o mesmo, o que pode levar a nova pane.
Operação – Desde o início da manhã, equipes da Polícia Federal estão nas ruas de João Pessoa cumprindo mandados de busca e apreensão expedidos pela 16ª Vara da Justiça Federal na Paraíba. Um dos locais alvo dos agentes foi a residência do Superintendente do Incra na Paraíba, Rinaldo Maranhão. A redação tentou contato com ele, mas não obteve resposta.
Rinaldo é empresário do setor de informática e foi indicado ao Incra pelo deputado federal Benjamin Maranhão. No estacionamento do órgão, um dos veículos particulares tem adesivo do parlamentar, que disputa a reeleição.
A redação entrou em contato com a assessoria local do Incra, mas foi orientado a procurar a instância nacional do órgão, onde o assessor Marlúcio Luna informou que as demandas serão respondidas apenas por email.