PAULO SANTOS: DROPS DA POLÍTICA PARAIBANA

A TODO VAPOR

Com apenas 24 horas de mandato o suplente que virou titular Osvaldo Venâncio, o “Bado”, acelerou o ritmo da Assembleia Legislativa.
O eventual substituto de Aníbal Marcolino fez um pronunciamento onde incluiu várias abordagens da realidade econômica do Estado, desvencilhou-se de “cascas de banana” que poderiam indispô-lo com alguns companheiros e até com o Governo, preferindo o discurso cauteloso.
Se contInuar nesse ritmo, pode surpreender.

TRÊS MOSQUETEIROSOs “três mosqueteiros” do DEM – Domiciano Cabral, Assis Quintans e Lindolfo Pires – fumaram o cachimbo da paz com o presidente estadual do partido, Efraim Moraes, com um acordo que os manteve no Democratas.
Dizem as más línguas que todas as decisões sairão de um time composto por 11 membros e qualquer proposta colocada em votação precisa de seis votos para ser vencedora.
A maldade está no fato de que, mesmo assim, Efraim tem maioria.
Dificilmente os deputados terão chance de apoiar Cássio caso ele seja candidato a governador pelo PSDB e estarão sempre ameaçados pela guilhotina.

MENSALÃO

Em ambientes onde só se conversa política ouviu-se quem um deputado paga o salário de um jogador do Botafogo de João Pessoa.
Isso seria fruto do bom relacionamento do parlamentar com empresas de ônibus da Capital.
A pergunta que não quer calar é: por que os empresários não entregam a grana diretamente ao clube?

QUANTIDADE SEM QUALIDADE

Os apressados, como sempre, tentam avaliar o jogo político através da quantidade de filiações resultantes do final do prazo de inscrição nos partidos políticos, sobretudo de pretensos candidatos a vagas proporcionais (deputados federais e estaduais). Os nomes disponíveis para o campo majoritário não se abalaram.
Empregados de instituições federais, agora travestidos de “cientistas políticos”, liberam o verbo através do papel ou da internet, mas são carentes de traquejo profissional que avalie a qualidade daqueles que chegaram – ou voltaram – aos partidos políticos com a ideia fixa de obterem passaportes para desembarcar na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa.
Muitos desses que ontem exibiam suas fichas de filiação com troféus são candidatos, somente, a poluir ainda mais o famigerado horário eleitoral gratuito com aleivosias e falsas promessas de programas de ações que nunca executarão porque não sabem o que estão dizendo e porque não chegarão ao destino.
Quantidade, aliás, é só o que os partidos querem. Muitos personagens que deixaram seus autógrafos registrados nos livros de atas dos vários partidos políticos são conhecidos pela população, podem ter bom desempenho em suas atividades profissionais, porém não têm talento para a política e amargam sérias frustrações.
Eis porque alguns “ilustres desconhecidos” acabam chegando ao Congresso Nacional ou à Casa Epitácio Pessoa sem que eleitores de outras regiões do Estado sequer ouviram falar no que obtêm êxito na campanha. Uma coisa é ser um conceituado cidadão – ou conceituada cidadã – e outra é se distinguir como opção para representação parlamentar.
Pelo que os partidos exibiram à mídia, durante os inúmeros eventos de filiação, casas legislativas nacional e regional vão continuar carecendo de qualidade, na maioria dos casos. E é observando esses agrupamentos políticos que salta aos olhos o fato de que muitas pessoas sequer têm senso do ridículo para não perceberem que estão participando de uma pantomima, de um espetáculo grotesco.
Ressalte-se que muitos são os que antigamente se denominava de “inocentes úteis”, ou seja, se deixam levar pela bela conversa de dirigentes partidários espertíssimos que põem o velocímetro para girar à medida em acumulam milhagem através das fichas assinadas por alguns que supõem estar participando de um jogo sério, puro e bem intencionado. As armadilhas foram montadas e capturaram, na mesma arapuca, espertos e ingênuos. Como sempre.