Paraíba: os possíveis tempos de cada candidato ao governo e as dificuldades de previsão do resultado do pleito

Sérgio Botêlho

Rigorosamente falando, não há possibilidade, nem no chute, de adiantar quem vai vencer a eleição na Paraíba no pleito de outubro próximo. Apesar de o atual governador Ricardo Coutinho, do PSB, ser o favorito para vencer o primeiro turno, o segundo turno vai complicar.
Primeiro, porque não é possível estabelecer, também se quisermos ser rigorosos nas previsões, quem entre o senador Cássio Cunha Lima, do PSDB, e Veneziano Vital do Rego, do PMDB, chegará à segunda etapa do jogo.
Apesar de Cássio ser detentor de um potencial de votos considerável, carece, a preço de hoje, de um palanque eletrônico que consiga rivalizar, mesmo que seja de perto, com aqueles, também a preço de hoje, que podem ser montados por Veneziano e Ricardo, nessa ordem.
Cássio possui garantido, hoje, o apoio do PPS, estando perto, ainda, de fechar com o PEN. Somando os tempos de TV dos partidos que lhe servem de base, Cássio chega a 02:18:44. Seriam os tempos de PSDB e PPS, já que o PEN não tem tempo de TV.
Veneziano tem chances de alcançar, também a preço de hoje, como palanque de Dilma Rousseff no estado, um total de 07:53:73. Estou falando na soma dos tempos do PMDB, do PT, do PP e do PCdoB, siglas que estariam mais perto de compor com o ex-prefeito campinense.
Enfim, Ricardo, com as perspectivas de hoje, pode chegar a 7:14:50, somando os tempos de PSB-PSD-PDT-DEM-PV-SDD. Pode conquistar ainda siglas com tempos mínimos de TV e rádio, que pouco acrescentaria.
Há, ainda, entre os partidos que contam com algum tempo expressivo o PR, o PTB, o PRB, o PTdoB, o PSC e o PROS. E também a possibilidade de algumas das alianças ora contabilizadas em favor de um candidato, migrar para outro, até junho. Nada disso pode ser contabilizado, por ora.
Mesmo assim, dá para perceber a dificuldade com que vai se defrontar a candidatura de Cássio para aumentar a dimensão do seu palanque, o que pode reduzir as chances de derrotar Veneziano, e partir para o segundo turno com Ricardo. Algo, contudo, que se inscreve como dificuldade, e, não, como impossibilidade.
Portanto, fica difícil estabelecer, com o mínimo de chance de acerto, o quadro final das eleições na Paraíba. Ficando a depender das movimentações que postulantes locais, e seus candidatos presidenciais, puderem estabelecer até junho próximo.