PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Rua Borja Peregrino - Por Sérgio Botelho

Entre as ruas Quintino Bocaiúva e o encontro das avenidas Pedro II e João Machado (Centro, no zoneamento da prefeitura, adotado pelo Google, mas Torre

Entre as ruas Quintino Bocaiúva e o encontro das avenidas Pedro II e João Machado (Centro, no zoneamento da prefeitura, adotado pelo Google, mas Torre, para os Correios), existe a rua Borja Peregrino, que homenageia figura da história paraibana, embora pernambucano de Vitória de Santo Antão.

Não apenas porque foi prefeito de João Pessoa, entre fevereiro de 1931 e novembro de 1934, mas também pelo fato de ter participado, ao lado de outros personagens da época, a exemplo de Juarez Távora, Juracy Magalhães e Agildo Barata, da tomada do então 22º Batalhão de Caçadores, em Cruz das Armas, no dia 3 de outubro de 1930.

O ato culminou, nacionalmente, com a posse de Getúlio Vargas, na Presidência da República, em 3 de novembro daquele ano, e de José Américo de Almeida, no governo da Paraíba, na chamada Revolução de 1930.

Quando do seu falecimento, no Rio de Janeiro, em 12 de junho de 1941, aos 44 anos, José de Borja Peregrino, nascido em 10 de outubro de 1896, exercia o cargo de Secretário do Interior e Segurança Pública do estado, na interventoria Rui Carneiro.

A necessidade de melhores recursos médicos, diante do seu estado de saúde, levou à sua transferência para a capital da República.

O jornal A União noticiou a morte de Borja Peregrino durante dias seguidos, em matérias de primeira página, com centenas de mensagens de condolências, não apenas de municípios, órgãos públicos e privados paraibanos, mas de outros estados brasileiros, dirigidas ao governo paraibano, que decretou luto oficial no estado.

Afora ter sido prefeito pessoense, Borja Peregrino também serviu à Delegacia do Serviço de Algodão e comandou a Secretaria Geral do Governo da Paraíba.

Ele foi casado com Julia Albertina de Miranda Henriques, sobrinha do primeiro bispo da Paraíba, Dom Adauto de Miranda Henriques. A rua Borja Peregrino, embora de origem residencial, hoje é preponderantemente ocupada por escritórios, comércios e clínicas.

Na foto, a Borja Peregrino, em dia de domingo, no cruzamento com a Camilo de Holanda. Ao fundo, o antigo Orfanato Dom Ulrico.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba