Se obedecido o projeto original, o que deveria existir no centro da Praça Venâncio Neiva, inaugurada em 21 de julho de 1917, pelo governador Camilo de Holanda — que presidiu a Paraíba entre 1916 e 1920 —, seria um rink (sic) de patinação. Homenageando o primeiro presidente republicano da Paraíba, que governou o estado entre 1889 e 1891, a praça, junto a diversas outras iniciativas de melhoria e ampliação da cidade, na época, resultaram do grande volume de recursos que iam sendo produzidos pelo algodão e pela cana de açúcar. Sem falar na produção de café, que vigorou até a segunda década do Século XX, na região de Bananeiras. A praça Venâncio Neiva serviu para organizar o espaço, ao lado do Palácio do Governo, de péssima figuração urbana, um grande terreno baldio, segundo notícias veiculadas pela imprensa da época. Quando do seu governo, o presidente João Pessoa (1928-1930), resolveu dar outra conotação à Praça Venâncio Neiva. Nesse sentido, encomendou projeto (somente inaugurado após sua morte) para a construção de prédio, em substituição ao conceito do rink de patinação, destinado a um serviço de chá, à moda inglesa. A construção, obedecendo a estilo oriental (com inspiração na história da origem chinesa do chá), levou o nome de Pavilhão do Chá. Ao longo do tempo, foi local de exposição, bar, restaurante e sorveteria. Hoje não é nada, além de um prédio marcante, e que chama muito a atenção. Mas precisa ser, pois será vizinho de um importante museu, a funcionar no velho Palácio da Redenção, com obras bastante adiantadas, afora a Praça João Pessoa, o Tribunal de Justiça, a Academia de Comércio, o coreto da própria praça, e um belo casario na lateral Avenida General Osório. Um verdadeiro memorial ao ar livre da cidade!
Ao fundo, belo casario na General Osório, ainda de pé!