O pai do deputado federal André Amaral (PMDB), cujo nome é homônimo (possui o mesmo nome), afirmou que se sente ameaçado, após ouvir o conteúdo dos áudios vazados de uma reunião entre o prefeito interino de Bayeux, Luiz Antônio (PSDB), e auxiliares do setor de Comunicação da Prefeitura. Nos áudios, o tucano teria, supostamente, usado da máquina pública para atacar politicamente o parlamentar pemedebista.
André Amaral, o pai, em áudio que circula pelas redes sociais, se mostra indignado com a postura do prefeito interino de Bayeux e ainda admite a possibilidade de pedir reforço policial por acreditar que a integridade física dele e de seu filho esteja em risco.
“Quero dizer a toda sociedade que se algo acontecer a mim e ao meu filho, a responsabilidade é do prefeito interino. Prefeito, a nossa integridade física está em risco. Infelizmente, o senhor é um homem sujo. Meu filho já está tomando as providências, informando às autoridades competentes sobre o ocorrido e na segunda fará um pronunciamento na tribuna”, declarou.
Ele ainda destacou que Luiz Antônio ainda estaria cheio de dívidas, comprometendo inclusive empresa de sua família. Há débitos até de energia elétrica.
ENTENDA O CASO:
O prefeito interino de Bayeux Luiz Antônio (PSDB), em reunião realizada com a equipe de comunicação da Prefeitura, articulou o uso da estrutura do poder público para difamar um adversário político, o deputado federal André Amaral. Desta reunião, vários áudios foram vazados nas redes sociais. As informações foram divulgadas pelo blog do Diego Lima.
A reunião, cujos trechos da conversa foram vazados em áudio, mostra uma suposta tentativa de ataque político contra o deputado. Participaram desta reunião o prefeito, o coordenador de Comunicação, Paulo Neto, e o responsável pela rádio escuta do município, Almeidinha, além de outros integrantes da Coordenação de Comunicação.
Em determinado momento, Luiz diz para uma pessoa. “Manda fazer uma matéria sobre o deputado [após isso o áudio não ficou incompreensível]”. A ordem teria ido para Paulo Neto. A intenção do grupo era fazer um release para ser solto na imprensa local, usando material da Prefeitura e recursos humanos da mesma, o que torna o episódio passível de ser investigado pelas autoridades competentes.
Uma parte do trecho demonstra o modus operandi do grupo. “Tem que mostrar lealdade a quem foi leal com a gente. E quem não é leal com a gente, é cacete. Pode meter o cacete em André Amaral”.
Além disso, outra parte deixa claro que os servidores seriam constrangidos a compartilhar as publicações com as notícias difamatórias. “Presta atenção aí: a responsabilidade é de vocês. Além das redes sociais, tem que pegar a relação de pessoas que fazem parte da gestão e obrigar elas a compartilhar. Essa é a palavra. Não é pedir não.”
Outra parte envolve o radialista e apresentador Samuka Duarte. A voz que parece ser a de Luiz Antônio diz que o jornalista ficou de contactá-lo por telefone, porque não deu tempo de aparecer na Prefeitura. O homem diz que iria usar o espaço no programa de rádio de Samuka para chamar André Amaral de “fanfarrão”.
Porém, em contato com a reportagem do blog do Diego Lima, Samuka negou ter feito qualquer ligação para o prefeito e que jamais articularia denegrir a imagem de alguém, ainda mais usando seu espaço na rádio para tal. O jornalista condenou ainda o uso do seu nome para os fins expostos pelo grupo.
Outro atacado na reunião foi o famoso “carregador” de prefeitos, o Careca de Bayeux, que recebeu este apelido por ter sido visto carregando gestores da cidade nos ombros em várias ocasiões. Ele é chamado de ladrão por alguém da reunião.
No áudio não fica claro a motivação dos ataques a André Amaral, porém, sabe-se que o parlamentar, que recebeu votação expressiva em Bayeux, é adversário político de Luiz Antônio.
Créditos: Paraíba Já