Bruno Filho
Começa uma nova “Era” da Igreja Católica, justamente pela América Latina, mais precisamente América do Sul, pontualmente pela Argentina, o maior representante dos costumes europeus deste lado do mundo. Tratados durante anos como excessão neste Continente muitas vezes esquecido, o país passou por momentos dificeis em sua história e assim como nós maculou-se com a famigerada ditadura.
Contudo, a maior característica dos “hermanos portenhos” é a dramaticidade, sem duvida nenhuma as margens do Rio da Prata qualquer coisa é motivo para lágrimas exacerbadas, sorrisos eufóricos e declarações que beiram a ironia em alguns casos passando de todos os limites. Uma mistura de sentimentos que para muitos é dificil de ser compreendida.
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Pois então, a primeira reação logo após o anúncio do novo Papa foi fazer uma correlação com o futebol, o que digamos não tem nada a ver com a situação. Já descobriram que o Pontífice é torcedor do San Lorenzo de Almagro, que o clube não é campeão há não sei quanto tempo, que o Papa frequentava o Estádio “Nuevo Gazometro”, que o Para isso ou aquilo…
Baseado nesses fatos então, escrevo este comentário e uso este titulo pois a partir de agora o Papa tem dois filhos magnânimos, espetaculares beirando a santidade, um deles inclusive já tem uma Igreja e milhares de fiéis seguidores, embora tenha aprontado mil e uma peripécias na sua vida.Trata-se claro de São Diego Maradona, o substituto imediato de Francisco.
O outro ainda não é canonizado, é candidato a “Santo”, chama-se São Lionel Messi, mas ainda depende de mais alguns milagres, como por exemplo fazer um gol com a mão numa Copa do Mundo e atribuir este ato a Deus. Isso ele ainda não fez e nem sei se precisará fazer. Também ainda não possui uma Igreja como o seu antecessor no sucesso futebolistico.
Bem…santidades por lá não faltam. Tivemos Carlos Gardel, Juan Domingo Peron e sua esposa Evita e muitos outros cultuados como tal. Poderemos até falar de Riquelme que não estaremos exagerando, enfim, coisas de argentinos. Bem, o Papa não tem nada com isso, que ele faça um grande trabalho para reagrupar os milhões de fiéis espalhados pelo Mundo inteiro.
Tenho certeza que com a aproximação da Copa do Mundo os animos serão acirrados e a resposta virá de várias maneiras, uma delas…” eles tem o Papa e nós temos o Cristo Redentor…” e tantas outras que obviamente serão elaboradas pela criatividade de ambos os povos, com culturas extremamente diferentes. Os dois tem na ironia picante uma das marcas.
Que os anos em que Francisco ficar no comando da Igreja sejam pródigos a todos os humanos, católicos ou não, mas que seja bem aproveitados pela América do Sul que esperou centenas de anos para ter esta oportunidade. Que o futebol fique apenas na brincadeira e nas provocações, querendo ou não o Papa também é nosso, tenho certeza, eles emprestam….
Bruno Filho, jornalista e radialista, impressionado com a criatividade dos dois povos.
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Twitter: BrunoFComenta
