Oposições unidas

Lena Guimarães

A mudança no cenário político paraibano, em razão da candidatura do PSDB, está levando vários partidos, inclusive o PT, a reavaliar suas estratégias para as eleições deste ano. Uma ala já admite não existir espaço para uma quarta candidatura competir com nomes fortes, respaldados em partidos bem estruturados e com apoios consolidados, a exemplo de Ricardo Coutinho, Cassio Cunha Lima e Veneziano Vital do Rêgo.

Como Ricardo montará palanque para Eduardo Campos, Cássio para Aécio Neves e o PMDB está desmotivado diante dos problemas de relacionamento com  Dilma, o PT paraibano teria mais um motivo para repensar seu projeto 2014, observando a prioridade nacional, que é manter a Presidência, e também os interesses dos candidatos a cargos proporcionais, que perdem se não estiverem atrelados a uma chapa competitiva.

Esse quadro recoloca em pauta a união das oposições já no 1° turno, o que daria a Dilma e aos candidatos dos partidos participantes da aliança, um palanque diferenciado. Só PT e PMDB, juntos, somam quase um terço do tempo de propaganda eleitoral. Com PP e PSC chegam a 42,48% do guia – um palanque eletrônico incomparável.

Quem advogada a necessidade de união já no primeiro turno é o deputado Anísio Maia (PT). Ele argumenta que a conjuntura mudou e que esse é o caminho para garantir que a oposição esteja presente no segundo turno.

Anísio avalia que se a situação estivesse unida, a oposição poderia se  “dar ao luxo” de ter dois candidatos, até para forçar o segundo turno. Diante da divisão, com as confirmações de Ricardo e Cássio, vê a união como necessária. Contudo, avisa que só será viabilizada se o PMDB se dispuser a dialogar sobre o melhor nome para defender o projeto conjunto, o que significa dizer que não avalizam de pronto a candidatura de Veneziano Vital do Rego, embora possam confirmá-la após discussão e aprovação por todos os partidos da aliança.

O PMDB quer a aliança, mas dificilmente aceitará essa condição.  Sabe que eleitoralmente Veneziano é o nome mais competitivo da oposição, além de estar percorrendo o Estado desde janeiro de 2013, fazendo o contraponto a Ricardo Coutinho. Mas vai tratar a questão com diplomacia porque também sabe que juntos, têm mais chances de garantir uma vaga no segundo turno.

 

TORPEDO

Pode vir Rui Falcão, Lula e Dilma, se o nome for imposto não terá o meu voto. Será candidato ou candidata das oposições quem tiver a condições de nos unir.

 

Do deputado Anísio Maia (PT), que defende candidato único das oposições, mas resultado de diálogo do PT, PP, PSC e PMDB.

Sem vacilo

Ricardo Coutinho aprovou a recomendação do PSDB para que seus filiados deixem o governo. “Ëu também tenho o direito e dever de dizer que dentro do governo quero que fique aqueles, e só aqueles que representam o governo”.

 

Sem vacilo 2

E para evitar dúvidas, RC detalhou: “Aqueles que não estão com o governo devem sair do governo. Devem apresentar pedido de exoneração para que saia do governo”. Já os que discordarem do PSDB, serão “bem-vindos” na gestão.

 

Gustavo saiu

Gustavo Nogueira já não é o Secretário de Planejamento do Estado. Seguiu a orientação do PSDB e entregou, ontem, o seu pedido de desligamento do governo. Continuará ao lado de Cássio, de quem foi auxiliar no Governo do Estado.

 

Corpo a corpo

Enquanto PSB e PSDB trocam farpas, o pré-candidato do PMDB, Veneziano Vital do Rêgo aproveita o  ‘Folia de Rua’ para se aproximar dos pessoenses. Foi destacado no ‘Virgens de Tambaú’ e já confirmou presença no ‘Muriçocas’.

 

 

 

ZIGUE-ZAGUE

+ Pelo que disse o secretário Luis Torres (Comunicação) na RCTV, Ricardo Coutinho não vai fugir do debate, na campanha, sobre seu jeito de ser e governar.

+ RC deve mostrar que enquanto uns se dedicam a abraços e beijos, ele garante ambulâncias, hospitais e serviços para que os cidadãos também possam sorrir.

+ O deputado Major Fábio voltou a cobrar a nomeação dos aprovados em 2008 no concurso para a Polícia Civil da Paraíba, cuja validade expira em junho.

 

 

 

Defesa do DNOCS

O senador Vital do Rêgo somou forças com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, pela reestruturação do DNOCS, com histórica atuação contra as secas. Estiveram com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, com quem discutiram a situação atual do órgão e a superposição de atribuições com outros da administração federal. Estudam a viabilidade de uma Medida Provisória que restaure a sua força, para que continue prestando bons serviços ao Nordeste.

PONTO FINAL

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi homenageado pelo Senado Federal com a Medalha Ulysses Guimarães, pelos 20 anos do Plano Real, que controlou a hiperinflação. Atacou a política econômica do PT e defendeu a necessidade de mudanças urgentes.