NEGADO

OPERAÇÃO CALVÁRIO: STJ nega concessão de habeas corpus para Ivan Burity

Burity foi um dos três alvos de prisão autorizados pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida.

O Superior Tribunal de Justiça negou, nesta quarta-feira (23), pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do ex-secretário Executivo de Turismo da Paraíba, Ivan Burity. O ex-auxiliar do governo foi preso na 5ª fase da Operação Calvário, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba.

Burity foi um dos três alvos de prisão autorizados pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida. Os outros alvos foram Eduardo Simões Coutinho e Jardel Aderico da Silva. O pedido de habeas corpus foi analisado e rejeitado pelo ministro Nefi Cordeiro. O ex-secretário está preso desde o dia 9. Ele pediu exoneração do cargo e o pedido foi aceito pelo governador João Azevêdo (PSB). Ao todo, além dos três mandados de prisão, foram cumpridos 28 de buscas e apreensão na mesma fase.

Uma delação premiada feita pelo ex-assessor da Secretaria de Administração do Estado, Leandro Nunes Azevêdo, levou as investigações da operação Calvário até Ivan Burity. O auxiliar nos governos de Ricardo Coutinho (PSB), desde a prefeitura, e mantido por João Azevêdo (PSB), na atual gestão, é apontado como recebedor de propinas. A influência dele ocorreria tanto em contratos da saúde, quanto da educação, com destaque para esta última.

No âmbito da Educação, o destaque ficaria por conta da aquisição de materiais didáticos pelo Governo do Estado da Paraíba. A organização criminosa, segundo o Gaeco, tinha em Burity o especialista na abertura de caminho para contratação das empresas, mediante contratos fraudulentos e o consequente recebimento de propina.

Três empresas são relacionadas no suposto esquema: Conesul Plus, do empresário Márcio Nogueira Vignoli e gerenciada por Hilário Ananias Queiroz Nogueira; Brink Mobil, cujo sócio-administrador é Valdemar Ábila, e a Grrafset, de Vladmir Neiva. As investigações também apontam a existência de outras empresas que também teriam contribuído com o esquema de pagamento e recebimento de propina ao grupo criminoso. Entre elas está a Editora Inteligência Relacional, ligada a Jardel Aderico da Silva, também preso na atual fase da operação.

Sobre Ivan Burity, Leandro narrou também episódio, em junho de 2014, no qual ele teria transportado R$ 1,2 milhão trazido de cidade não identificada. De posse deste dinheiro, R$ 300 mil, teria sido destinado ao ex-deputado Rômulo Gouveia, já falecido, então vice-governador do Estado.

Fonte: BLOG DO SUETONI
Créditos: BLOG DO SUETONI