Segundo apurou revista Isto É junto a integrantes da Operação Lava Jato de Curitiba, um dos socios do grupo OAS, Leo Pinheiro, estaria disposto a contar com riqueza de detalhes como foram feitas as negociações para as obras e reformas no sítio em Atibaia e no tríplex do Guarujá tocadas pela empreiteira. Para os agentes, a informação já fornecida por Pinheiro, seria a peça que faltava para montar um quebra-cabeça que começou a ser construído desde o surgimento do nome do ex-presidente Lula, no esquema do Petrolão.
De acordo com relato de Pinheiro, em troca das obras no sítio e no tríplex do Guarujá, Lula teria se oferecido a praticar tráfico de influência em favor da OAS no exterior, o que no caso do ex-presidente, pode ser considerado crime por ele ser agente público. Nesse período a OAS procurava aumentar os negócios com Peru, Chile, Costa Rica, Bolívia, Uruguai e países africanas, no que Lula teria se prontificado a ajudá-los. Só a título de comparação, a empresa que hoje possui 14 escritórios e toca 20 obras fora do País, em 2008, dava seus primeiros passos no mercado internacional.
Para conseguir o benefício da delação premiada, não basta apenas Pinheiro contar o que testemunhou. É necessário que o ex-diretor da OAS prove que as informações que forneceu são verdadeiras. Segundo, ainda, a apuração da revista, agentes garantiram que Pinheiro tem documentos que provam tudo o que diz. Segundo depoimento, o imóvel teria sido um presente da empreiteira ao petista. Em troca, a OAS assumiu as obras Bancoop, que estava em vias de dar calote nos compradores de apartamento da cooperativa.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), também encaminhou semana passada para o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, apurações envolvendo os ex-ministros Jaques Wagner (Chefia de Gabinete da Presidência), Ideli Salvatti (Direitos Humanos) e Edinho Silva (Comunicação Social) e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Fonte: R7