Em nota pública assinada por seu presidente, Jairo de Oliveira Souza, a Ordem dos Advogados do Brasil em Campina Grande (OAB-CG) repudiou ontem (9) a decisão do presidente da OAB-PB, Paulo Maia, de exonerar o advogado Alberto Jorge do cargo de vice-diretor da Escola Superior de Advocacia da Paraíba (ESA-PB).
Na Nota de Repúdio, a subseção campinense da Ordem afirma que a exoneração de Alberto Jorge da ESA surpreendeu a todos, lembrando que ele não concorreu a qualquer cargo nas últimas eleições “em razão de ter assumido o compromisso de coordenar a campanha da nossa chapa e da chapa encabeçada pelo Dr. Paulo Maia, ambas vitoriosas”.
A OAB-CG ressalta ainda que a indicação do nome para aquele cargo coube à advocacia de Campina Grande como um todo. “Mesmo sendo indicação política. atendeu às condições exigidas para o preenchimento da função”, explica, lembrando também que Alberto Jorge é professor universitário com mais de 10 anos de experiência e com titulação acadêmica que assegura sua vocação à docência.
A subseção diz também que o presidente da OAB-PB não consultou qualquer membro dirigente ou conselheiro da atual gestão sobre a demissão de Alberto Jorge da ESA, “inclusive, afirmando o senhor presidente, quando questionado por vários interlocutores que o procuraram após a prática do ato, que teria sido uma decisão política, opção sua entendendo os efeitos que esta acarretaria”.
Paulo Maia: “Politização exagerada”
Procurado pelo blog, sobre a exoneração de Alberto Jorge o presidente Paulo Maia assim se pronunciou:
Sobre a exoneração do vice-diretor da ESA, Alberto Jorge, quero dizer que toda gestão, para manter a eficácia das ações administrativas, faz mudanças. Foi o que ocorreu e o que ocorrerá em outros cargos, cuja nomeação e exoneração pertence ao Presidente, que tem a prerrogativa de avaliar as circunstâncias e conjuntura de manter ou retirar seus auxiliares, sem que isso seja pessoal ou tenha intuito outro.
Quanto à nota de repúdio expedida pela subseção de Campina Grande, além de desproporcional, vem carregada de uma politização exagerada, que, aliás, vem norteando as ações de alguns componentes da subseção, sobretudo do seu Presidente, sendo extremamente maléficas à advocacia e estando em nítida discordância com o clamor da sociedade por líderes que respeitem o interesse da coletividade, frente a questões, diminutas, de agrupamentos politicos.
A atual representação de Campina Grande na OAB estadual é uma das maiores, senão a maior, até então existentes na história da ordem paraibana: Um diretor da Seccional, dois conselheiros federais, dez conselheiros estaduais, o vice-presidente da Caixa de Assistência e o vice-diretor da Esa, além de três membros no Tribunal de Ética.
Na nossa gestão instalamos o conselho subseccional, pleito antigo e que na nossa gestão foi atendido. Recentemente aprovamos o aumento do dobro do repasse para a subseção, como para as demais.
Onde está o comportamento retaliatório ou de perseguição à subseção de Campina Grande ?
Fomos eleitos para trabalhar por toda advocacia e hoje fizemos um grande ato em defesa da classe: um desagravo publico em favor de um advogado que teve as suas prerrogativas violadas, onde não se quis saber em quem ele tinha votado ou em quem ele vai votar na próxima eleição.
A nossa ação foi no sentido de defender a advocacia paraibana, papel este que parece estar em segundo plano para o presidente Jairo, que repetidamente tem colocado as questões eleitorais à frente da defesa e proteção de toda advocacia.
Não irei me submeter a este tipo de expediente politiqueiro de pressão. Coragem e determinação não me faltam para fazer o certo. Continuarei trabalhando diuturnamente na defesa da advocacia paraibana, enfrentando a tudo e a todos, exercendo a função para a qual fui eleito.
Por fim, quero dizer que Campina Grande não foi escanteada e o cargo da vice diretoria da ESA continuará sendo ocupada pela advocacia campinense.
Fonte: RUBENS NÓBREGA