Mesmo sem intencionalidade (será que não?) a desistência de Luciano Cartaxo do jogo eleitoral de 2018 caracteriza um xeque- mate bem dado pelos veteranos José Maranhão e Cássio Cunha Lima nas forças políticas emergentes.
Um jogo que abateu hoje Cartaxo e deve atingir, também, Romero Rodrigues.
Os “meninos superpoderosos” de João Pessoa e Campina Grande sucumbem ao ardil da velha política.
O abate começou a ser colocado em ação por Maranhão, recusando a herança legada por Cartaxo há dois anos ao escolher Manoel Jr para ser seu vice-prefeito.
E seguiu com a resistência de Romero Rodrigues de ser rifado da majoritária. Culminando, nos últimos dias, com a disseminação da idéia de que Cássio Cunha Lima era o melhor nome para reunificar a aliança partida das oposições.
Como nada em política acontece por acaso, Cartaxo resolveu que era a hora de sair das cordas em que se colocou ao ficar na dependência de todos os interesses conflitantes dos partidos de oposição.
Ao zerar o jogo se transformou no principal eleitor de 2018 – o moço mais cobiçado do salão político paraibano.
Desnutrindo a oposição.
E vitaminando a candidatura da situação.
Sinaliza nesta direção ao permitir que a audiência, ainda chocada com sua decisão, vislumbrasse um traço muito bem desenhado de mágoa com os integrantes da oposição.
Mas como em política fígado tem função de um baço acessório, o previsível nem sempre se confirma.
Lá do ninho tucano há quem aposte todas as fichas que Cartaxo continuará nas hostes da oposição.
Gente que já viu tudo em política e sabe, como disse, que “pra tudo tem jeito”.
Fonte: Adriana Bezerra
Créditos: Adriana Bezerra