Se tivermos que escolher no futuro um dia da vergonha da imprensa paraibana, o de hoje certamente estará entre eles com grandes chances de ser escolhido.
Mesmo com as recorrentes manifestações de desrespeito a Ricardo Coutinho, mesmo quando este ainda era governador, eu jamais imaginei a extensão do ódio que grande parte da imprensa paraibana alimenta pelo homem que governou nosso estado por oito anos.
Como já era previsível, a audiência de custódia que a Justiça paraibana obrigou Ricardo Coutinho a participar, em decorrência da decretação desnecessária de sua prisão, converteu-se num circo armado cuja intenção não era outra, a não ser humilhar o ex-governador e execrá-lo diante da chamada “opinião pública”.
Logo na entrada do Tribunal de Justiça, uma claque organizada de poucos gatos pingados já estava posicionada. Quando Ricardo Coutinho desceu da viatura, a matilha avançou − com seus celulares gravando, claro − gritando os impropérios que iriam alimentar de ódio a “opinião pública” nos programas de rádio e TV do meio-dia, da noite, e dos dias seguintes, como se aquela armação fosse um relevante fato jornalístico.
E não era. A demonstrar isso o fato de ser necessário aquele tipo de armação para que rádios e TVs insinuem uma reação popular que não houve, mas que foi alimentada por eles ao longo de todo o ano.
Dentro do próprio prédio onde se realizou esse espetáculo de horror, Ricardo Coutinho foi hostilizado por jornalistas, isso diante dos policiais que estavam ali para proteger um cidadão que está sob investigação.
No vídeo abaixo, um “jornalista” debocha do ex-governador:
E alguém assim ainda se apresenta à sociedade como “jornalista”.
Como é que a Justiça permite que alguém use carteira de jornalista para adentrar em seus recintos para hostilizar alguém que está sob sua guarda?
Como dizia Leonel Brizola sobre a Rede Globo: “Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor!”
O lado em que se posiciona essa imprensa não pode ser o certo.
Fonte: Flávio Lúcio
Créditos: Flávio Lúcio