O motivo para nova batalha foi posto: o pedido de remanejamento de R$ 1,3 bilhão

POR LAERTE CERQUEIRA

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Mais um “moído”

Os deputados de oposição e o governador Ricardo Coutinho não param de produzir duelos. Pode ser por uma pedra sem valor, mas é só ter algo em jogo, começa o embate. Esta semana, o motivo para nova batalha foi posto: o pedido de remanejamento de R$ 1,3 bilhão. O governo precisa de autorização dos deputados – e deve ter – mas antes, claro, tem confusão. Os parlamentares entraram em recesso e não autorizaram a transferência de recursos de várias áreas para pagamento de encargos sociais, despesas de pessoal, dívidas e despesas correntes.

O pedido não entrou em pauta porque o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Raniery Paulino, pediu informações sobre a origem dos recursos que seriam remanejados. Segundo Paulino, o requerimento foi feito dia 27 de maio ao secretário de Planejamento, Thompson Mariz. O secretário disse, em vários momentos, que não tinha recebido nenhum pedido. O fato é que temos mais um prato feito para os embates. O governador reclamou do adiamento da votação do remanejamento. Segundo ele, o recurso irá servir como suplementação para vários órgãos, inclusive para os Poderes, entre eles o Legislativo, e a não votação do projeto prejudica o estado.
Os deputados alegam que não votaram o pedido porque não foi enviado à Casa o detalhamento com as explicações. Segundo Raniery, na última reunião da Comissão nenhum deputado da base participou do encontro, o que, segundo ele, é um negligência dos governistas à matéria de próprio interesse. De quebra, alguns aproveitam para apimentar a discussão e questionam o valor do remanejamento. Os mais ácidos questionam o montante e alfinetam dizendo que o pedido é um sintoma de uma suposta “desorganização administrativa”. Segundo o próprio presidente da Comissão, esses pedidos sempre são feitos no segundo semestre e não no primeiro. Agora, mesmo que o detalhamento chegue à comissão de recesso da AL nos próximos dias, a votação só pode ocorrer depois do dia primeiro de julho. O que não teria problema, segundo Raniery, porque a AL está dentro do prazo. Até lá pode esperar muito “moído” .