Marcos Tavares

Os americanos do Norte sempre tomaram o que queriam. Tomaram a colônia da Inglaterra com violência, destruíram culturas indígenas ancestrais em seu crescimento vertiginoso e tomaram do México metade de seu território também sob a força das armas. Já mataram vários de seus presidentes, um fato corriqueiro na sua cultura onde a força é o motor que os move para frente. Não é de estranhar, pois esses constantes massacres perpetrados por psicopatas que mostram sua inadaptação ao cotidiano como o jovem de Connecticut disparando tiros e eliminando o que eles julgavam ser uma ameaça para sua vida.

Para um povo com a cultura da violência e da guerra arraigadas ao seu espírito, matar parece ser trivial e somente quando o crime assume aspectos absurdos, como a recente tragédia numa escola infantil, ganha manchetes e assusta o mundo. As famílias americanas contam com orgulho seus mortos em guerra que vão desde a Independência até o Iraque. Para cada geração, uma mãe oferece um filho em sacrifício ao altar da pátria e isso para eles faz a guerra gloriosa e não um dos aspectos mais selvagens da natureza humana.

Os Estados Unidos pagam o preço pela sua própria filosofia de vida e seu modo de ser. Nerds desadaptados ao mundo normal da concorrência, hostilizados, ignorados por uma sociedade competitiva se vingam matando e matando em série, com brutalidade como a chamar atenção para sua existência. Não vai ser fácil arrancar esse traço cultural americano, tão americano como a Coca-Cola e o hot-dog, parte de um instinto primitivo implantado no coletivo que não admite fracassos nem perdoa as diferenças. A superpotência, que desmorona economicamente, começa a cair também vítima de suas próprias lições de violência.
Mostra
Vem por aí a votação das contas de governo e do novo orçamento. Será uma ocasião propícia para o novo partido, o PEN mostrar suas garras e sua força em plenário.

O partido não prega o alinhamento com o governo e apesar de ser composto por deputados advindos de várias legendas, segundo seu presidente, deputado Ricardo Marcelo, vai falar uma linguagem una.

Pior para o governo se o PEN resolver ser oposição assumida, pois pode prejudicar vários projetos e dificultar a administração.
Gravidade
Dificilmente o PT irá arriscar ferimento grave em defesa da nomeação da secretária Roseana Meira. Pode ameaçar, estrebuchar, mas não vai romper com um governo onde sua representação no primeiro escalão é massiva.
Assim sela-se o destino de Roseana que será rifada em nome de uma governabilidade e das vagas que o partido abiscoitou nesse começo de gestão.
E ninguém briga com quem está entrando.

Batalha
Em pleno curso a operação nacional da PRF que pretende fazer baixar os índices de acidentes nas estradas federais brasileiras.
Não podemos transformar as festas de final de ano numa guerra com muitas vítimas.

Estratégico
A Paraíba perdeu uma boa briga. O vice-prefeito eleito Nonato Bandeira amenizou suas declarações ao falar na AL sobre despesas publicitárias.
Ao contrário de seu pronunciamento anterior, foi bem mais cauteloso. Por que seria?!

Esfriou
O secretário-geral do PT nacional, Frateschi, botou água na fervura do PT paraibano ao não comprar a ideia de um candidato ao governo nas próximas eleições.
Ele conhece bem nosso PT e sua capacidade de desagregação, já histórica.

Contas
A nomeação do novo reitor da UEPB não encerra os problemas da reitora que deixa o cargo, Marlene Alves.
As implicações de contas mal explicadas em sua gestão devem continuar sendo alvo de cuidado dos órgãos de controle.

Salários
Num Estado onde o mínimo é a base para os salários da maioria dos funcionários, a indignação dos procuradores – muito bem remunerados – não comove.
Antes deles existem distorções mais graves que o governo precisa corrigir.

Promessas
Cartaxo prometeu muito na campanha. Prometeu a vereadores, aliados e até a adversários políticos.
Agora está às voltas com o problema de acomodar todas essas promessas numa estrutura pequena.

Frases…

Valentia – Quero ver uma feminista enfrentar um rato.
Zoologia – O habitat das piranhas são os rios e as grandes cidades.
Apostando – Na vida só aposte o que estiver disposto a perder.