Em torno de 40% dos deputados federais eleitos mais votados para a próxima legislatura são investigados em procedimentos na Justiça a partir de acusações da polícia e do Ministério Público (MP), com suspeitas que vão de desvios de recursos e improbidade administrativa a crime de tortura e desrespeito à Lei Seca.
Levantamento do ‘Globo’ revela que 40 dos 108 parlamentares mais votados são acusados de diferentes crimes em instâncias judiciais. Na lista levantada pelo jornal, o paraibano Veneziano Vital aparece pela expressividade nas urnas, ele teve 177.680 votos, e pelo número de ações que correm na Justiça envolvendo seu nome.
Os processos são referentes aos anos em que Veneziano esteve a frente da Prefeitura de Campina Grande. Conforme levantamento do ‘Globo’: “O deputado eleito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB) tem 21 ações por improbidade administrativa na Justiça paraibana, referentes ao período em que foi prefeito de Campina Grande, entre 2005 e 2012. Em março, o MP entrou com uma ação contra Veneziano por entender que houve irregularidades na doação de terrenos públicos do município. O GLOBO ligou e enviou mensagem SMS para Veneziano, mas ele não deu retorno”.
De acordo com a matéria, nem escapam os novatos que, a despeito do sucesso nas urnas, já chegam ao Congresso com a possibilidade de serem investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para onde são transferidos os processos e inquéritos de autoridades com foro privilegiado – benefício assegurado a partir da posse, em fevereiro de 2015.
Outro que está na lista é o polêmico por se manifestar contra a causa gay, pastor Marcos Feliciano. O jornal aponta contratação de funcionários fantasmas no gabinete do deputado: “Terceiro mais votado em São Paulo, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) responde a inquérito no STF por supostamente ter funcionários fantasmas em seu gabinete. Seriam pessoas ligadas a suas igrejas que recebem da Câmara sem prestar serviço. No último despacho, o ministro Celso de Mello autorizou a Procuradoria-Geral da República a ouvir um ex-funcionário que corrobora a acusação. Seu chefe de gabinete, Talma Bauer, afirma que se trata de uma apuração e que os funcionários efetivamente trabalhavam para o mandato”.
Polêmica Paraíba
Com O Globo