O fim do Jornalismo Polêmico na FM 101.7

Tomamos com um dos exemplos, a fala do radialista / jornalista Maurilio Batista, um dos mais combativos profissionais de comunicação ao governo RC, que nos disse: “infelizmente estamos vivendo uma realidade fruto da crise de receita, de prejuízos acumulados para manter a estrutura, e que a empresa não tem mais como sustentar por se tratar de alto volume financeiro”.

A declaração de Maurilio diz tudo sobre a crise que resultou no fechamento deste importante espaço midiático do Estado.

Segundo informações extra-oficiais dão conta de que ao longo dos últimos dois anos, a 101.7 acumulou prejuízos na ordem de R$ 2,5 milhões – montante este que, sendo ou não empresário, quem estivesse no lugar dos atuais proprietários certamente tomariam medidas drásticas para sanar o déficit diante de uma estrutura grande e a exigir desembolso elevado.

Mas, na cidade, o que se diz é outra coisa responsabilizando o governador pelo que ele não teve e nem no caso nenhuma ingerência ou responsabilidade.

O fato é que sem faturamento para superar as despesas, certamente nenhuma empresa, de comunicação ou de qualquer outro segmento, se manterá no mercado.

Infelizmente, perde-se um espaço nobre de contra-ponto ao Governo, só que em situações como a de agora lembra-me bem os ensinamentos filosóficos dos adultos do bairro da Torre que, mal comparando, sempre dizem: sapato branco só presta nos pés dos outros.

Seja como for, valeu pela experiência fantástica elevando o nível de audiência da emissora que nunca obteve tamanho prestigio e volume.

Ah como é difícil fazer Jornalismo em nossa aldeia!!!

PARA CONHECIMENTO GERAL

Quando da existência do programa, interlocutores do Governo do Estado chegaram a abordar a direção da emissora propondo acordos comercais, desde que com a saida de alguns profissionais mais radicais na relação com o Governo.

Em nenhuma dessas vezes, o Grupo cedeu às condicionantes, por isso sempre manteve todo o elenco.

Só que a crise (prejuizo) construiu outra realidade.

O MERCADO E A INSENSIBILIDADE EMPRESARIAL

O fim do Jornalismo Polêmico na 101.7 reflete a dura realidade que é produzir Jornalismo plural e comprometido com o leitor – ouvinte exclusivamente porque, sobretudo, o faturamento obtido pelas empresas com esse perfil termina sendo abaixo da expectativa diante do empresariado que não comparece nem anuncia no tamanho da sustentação necessária.

Este foi o triste destino trágico do Jornal O NORTE, tempos atrás, exatamente por conta do alto volume de prejuizo sem falar das despesas com Impostos e obrigações trabalhistas.

Na Paraiba, como em qualquer outro estado, há uma tendencia do público de querer ter à disposição uma empresa de comunicação com o perfil Polêmico, mas poucos sabem o quanto é dificil, muito dificil, manter uma estrutura de Jornalismo nesse patamar, ou de outro nivel também.

SOLIDARIEDADE TOTAL

Numa hora dificil como esta, nos solidarizamos com todos os companheiros e companheiras de jornada brilhante enquanto jornalismo atuante e contundente na pessoa do comandante Gutemberg Cardoso.

Mais do que isso, estamos dispostos a contribuir com a fase seguinte de superação no que for possivel.

Como diz o refrão politico, a luta continua.

Reconhecimento

Na FUNJOPE, além da fidalguia e capacidade dos diretores máximos, tem um assessor de nomeTiago, que é exemplo de dedicação e de empenho produzindo ações de qualidade.

ÚLTIMA

“Vamos precisar de todo mundo/

pra banir do mundo a opressão…”