O danado do Jampa

foto

Marcos Tavares

Esqueçamos qualquer acusação de malversação no Jampa Digital. Não houve desvio nem verbas aplicadas em política. Vamos agora à questão principal. A prefeitura da cidade – seja o prefeito João, José ou Migué – contratou um serviço que iria dotar parte da cidade de internet gratuita. O serviço foi pago e a internet não veio. Ou seja, a prefeitura pagou por uma ponte, mas o povo continua atravessando o rio a nado. O que eu quero saber – eu e meus conterrâneos – é como fica toda essa história, quem vai pagar o pato, quando o serviço será concluído? Na minha modesta opinião, cabe ao alcaide Cartaxo pressionar a empresa contratada e paga para concluir a obra.

Ele deveria intimar os proprietários da Ideia – ou má Ideia – e pressioná-los, inclusive com prazos. Se o equipamento foi ou é obsoleto, que ele seja trocado, pois o serviço foi pago. Feito isso, o nosso prefeito iria ouvir as explicações da empresa do porquê de não funcionar o serviço. Se eles insinuassem que o dinheiro foi desviado e o que sobrou não deu, caberia ao prefeito entregar o caso ao Ministério Público para que ele descubra os culpados e prenda o dono da empresa, pois se houve desvio, ele está dentro. Se correu tudo dentro da lei, cadê a bendita Jampa que assusta até ministros em Brasília?

O Jampa Digital foi pago com meu dinheiro, meu IPTU, meu ISS e eu quero vê-lo funcionando, ou meu dinheiro de volta. Cabe ao gestor eleito da cidade providenciar para que isso aconteça, usando para isso todos os meios legais ao seu dispor. Se nada for feito, se a Jampa continuar só uma ilusão e um escândalo, eu acuso o prefeito de conivência. Conivência com uma empresa inidônea, conivência com o desmando do dinheiro público e vou por aí, pois cabe a ele, somente a ele que recebeu a tarefa de gerenciar a cidade, saber onde anda ou por que não anda esse danado do Jampa.


Dois Senhores

O recente incidente entre o governador Ricardo e uma ministra de Dilma revelou apenas o que já era uma situação de fato. Ou Ricardo esperava que Dilma continuasse a louvá-lo, mesmo depois dele declarar voto publicamente a Eduardo Campos?

Talvez por seu temperamento difícil, que faz com que seus auxiliares nunca o contrariem Ricardo, tenha tido a ilusão de que cozinharia a cúpula de Brasília até a eleição, mas ele é quem foi fritado e não em fogo brando.
A Paraíba está totalmente fora das cogitações da bondade federal, basta olhar a demora que o empréstimo que salvaria a Cagepa sofre na capital.
É daí pra pior.
Desmentido
Em política é preciso ler as entrelinhas. Tanto o governador como a ministra Bulhões afirmam que não houve mal estar entre eles e que tudo são rosas no caminho dos dois.
Não é a versão de quem viu os fatos, primeiro a saída desrespeitosa da ministra e depois a patente irritação de Coutinho por não conseguir verbas.
Logo, esse desmentido em mão dupla apenas atesta que houve alguma coisa. E coisa séria.
Risco

Policiais querem de volta nos seus salários o chamado risco de vida.
Na realidade, eles exercem um trabalho onde o perigo e morte podem estar a cada passo.


Terceiro

Eleição aqui não acaba no primeiro, no segundo nem mesmo no terceiro turno.
Ricardo e Maranhão ainda brigam no TRE por conta da campanha passada.

Fumacê
Bem humorado, o deputado Quintans diz que nem plantando maconha irrigada o agricultor nordestino paga suas dívidas nos bancos.
Quer dizer que nem a solução uruguaia nos serve.

Ostentação
O arcebispo dom Aldo confessa que perdeu a briga contra os ricos da cidade. Ele que queria casamentos mais simples, cada dia vê crescer a ostentação que deixa o sacramento em segundo plano.

Petezada
Rodrigo Soares convenceu-se de que não é querido dentro do seu PT.
E anuncia apoio a Machado. Meio a contra gosto, mas mesmo assim um apoio.

Fechando
O divertimento do MST agora é fechar as rodovias federais atravancando o trânsito.
Como eles estão acima da lei, nada acontece.
Frases…

Prazeroso – A vida é concebida em prazer.
Problemas – Viver é problemático. Morrer é duvidoso.
Infeliz – A felicidade dos outros nem sempre é contagiante. Às vezes é irritante.