O castigo da cruz

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Marcos Tavares

Historicamente diz-se que a crucificação começou na Pérsia, de onde foi trazida por Alexandre, o Grande, mas foram os cartagineses e romanos os maiores adeptos desse tipo de execução. Crucificar constituía-se em prender o condenado à cruz por pregos ou cordas e deixá-lo morrer em agonia. A morte sobrevinha normalmente por asfixia já que os braços distendidos impediam que o diafragma contraísse o pulmão, exigindo do condenado um longo esforço para respirar. À medida que perdia as forças, o crucificado recebia menos oxigênio até que seus órgãos entrassem em colapso.

Para os romanos, a crucificação, além da dor, provocava a vergonha e humilhação. O condenado, normalmente nu era chicoteado antes de ser içado ao patíbulo e também era obrigado a levar a barra horizontal de sua cruz até o lugar do suplício. Na revolta de Spartacus, Roma crucificou num só dia seis mil escravos presos na guerra, ao longo da Via Ápia que ficou intransitável por semanas devido ao mau cheiro da decomposição dos corpos.

A crucificação foi abolida somente no século IV da Era Cristã, mas foi usada por japoneses contra prisioneiros chineses na guerra entre os dois países e por indianos nas guerras entre reinos rivais. A crucificação de Jesus Cristo é o momento culminante da Paixão comemorada na semana Santa e a imagem da cruz marcou a religião desde os tempos imemoriais, sendo conhecida hoje universalmente como símbolo de uma religião.

Demissões

O governador Ricardo foi incisivo ao dizer que não vai cumprir a decisão do TCE-PB que mandou demitir cerca de nove mil servidores da área de saúde, contratados irregularmente.

Como motivo para desobedecer à ordem, Ricardo disse que não ia fechar os hospitais e que o tempo dado pelo Tribunal era insuficiente para um concurso. Acontece que o governador está no cargo há 2 anos, tempo suficiente para concursar e nomear regularmente o funcionalismo.

O TCE-PB não arreda pé de sua decisão e aplicou multa a dois secretários do governo, segundo o órgão, responsáveis pelas nomeações.

Suspeitas

Não é só dos eleitores a suspeita de que Maranhão estaria optando pelo nome de Veneziano, como candidato ao governo pelo PMDB, esperando que o desgaste do próprio candidato o torne inviável.

O prefeito André Gadelha é dessa opinião e afirma que Maranhão está deixando Veneziano sozinho nessa sua defesa para de última hora herdar a possibilidade de ser ele a concorrer novamente ao governo.

E não é tarefa fácil fazer Maranhão desistir de ser governador de novo.

Agendas

Cartaxo tem uma maneira simplória de justificar seu afastamento de Agra. Segundo o prefeito, a agenda dos dois não combinaria.

Quando nem as agendas combinam é sinal de alguma coisa.

Tamanho

O vereador Santino pede desculpas ao seu eleitorado por ter se deliciado diante de uma foto de modelo quase despida.

Não faz mal. Dos males políticos esse é o menor.

Desordem

O Exame da OAB desnuda o ensino universitário brasileiro. Imaginem o que não ocorre nas profissões onde um exame do tipo não é exigido.

Deve ser um desfile de cavalgaduras.

Tempo

O presidente da AL e do PEN, deputado Ricardo Marcelo, não quer pressa.

Ele disse que o seu PEN se posicionará quanto às próximas eleições quando elas começarem a acontecer.

Pela Boca

Sempre achei que a âncora Raquel Sherezade fala demais. Tá certo que ela cresceu por falar, mas peixe morre pela boca.

Sua defesa apaixonada do deputado Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos foi a gafe do ano. E desagradou seus colegas.

Fraseando

Novamente as frases de hoje são do jornalista Francicarlos Diniz, nosso dileto amigo de Brasília.

Ele embarca no humor de morte.

Frases…

Epitáfio – De Pelé: De volta ao Cosmos.

Epitáfio – De Lennon: O sonho acabou mesmo.

Epitáfio – De Sílvio Santos: Lombardi, cadê você?